Toda a celeuma em torno do cancelamento da pré-convenção do PMDB de Curitiba que definiria o candidato do partido à prefeitura da Capital não passa de um grande jogo de cena. No final das contas, quem vai escolher o concorrente à sucessão do prefeito Beto Richa (PSDB) será mesmo o governador Roberto Requião, a quem a cúpula peemedebista obedece cegamente, mesmo quando isso significa prejuízo para o partido.
Mão de ferro
A tal reunião do Conselho Político do PMDB curitibano, marcada para o próximo dia 10, também não vai resolver nada. Até porque seus membros são monitorados e controlados com mão de ferro pelo governador. Que não está nem aí para os interesses do partido.
Acessório
Requião quer é um candidato que se sujeite a embarcar na eleição apenas para fazer campanha de seu governo. Para isso, quanto mais fraco e inexpressivo eleitoralmente, melhor. Até porque na verdade a candidatura peemedebista servirá apenas aos planos do governador de fazer da legenda uma linha acessória ao candidato do PT. Em troca, os petistas não lançariam candidato ao Senado em 2010, deixando o caminho livre para o peemedebista encerrar sua carreira política no Congresso.
Dentro
O senador Alvaro Dias (PSDB) foi indicado pelo partido para integrar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Cartões Corporativos. A informação foi confirmada pelo líder do partido, Arthur Virgílio (AM).
Veto
O arcebispo da diocese de Cascavel, dom Mauro Aparecido dos Santos, decretou a proibição de padres a terem filiação partidária e participação de religiosos em equipes de governos federal, estadual e municipal. A medida entra em vigor a partir de 1º de abril e vale para todos os presbíteros e diáconos que atuam na diocese de Cascavel, que reúne 17 municípios com 30 paróquias.
Retiro
Dom Mauro, que assumiu a diocese local há um mês, alegou que a medida não é nenhuma novidade, “uma vez que ela já vem sendo implementada pela Igreja Católica”. O religioso que se filiar em qualquer partido político, ou ingressar em equipe de trabalho governamental, fica suspenso de suas funções sacerdotais, sem direito pagamento de benefícios, moradia, carro, telefone, plano de saúde e contribuição previdenciária. E o padre que for suspenso mas quiser depois desejar à atividade eclesial terá que participar de um retiro de trinta dias e fazer um curso sobre história da Igreja.
CConcussão
O Ministério Público em Londrina protocolou na sexta-feira mais uma denúncia contra o vereador Orlando Bonilha, que envolven também o publicitário Márcio de Mello Piornedo. Eles são acusados de concussão – exigência de vantagem indevida, em função do cargo público que ocupa. De acordo com a denúncia, quando ocupava o cargo de presidente da Câmara de Vereadores local, Bonilha teria exigido parte dos salários mensais de quatro pessoas como condição para serem contratadas para cargos em comissão na Câmara. Márcio Mello teria intermediado as contratações. A Justiça examina pedido de prisão do vereador.
Construção
O prefeito Beto Richa (PSDB) participa na terça-feira de encontro com empresários no Sindicato da Indústria da Construção Civil do Paraná (Sinduscon/PR). Ele vai falar sobre os principais projetos e ações do governo municipal nas áreas da habitação e obras públicas.
Em alta
O juiz federal Marcelo De Nardi suspendeu liminar que condicionava a concessão de licenças de instalação das usinas e barragens na bacia do Rio Tibagi à elaboração de avaliação ambiental. A medida tinha sido tomada pela Justiça Federal de Londrina.
Em baixa
Na falta de quem o defendesse das declarações do presidente paraguaio Nicanor, o governador Roberto Requião convicou o diretório estadual do PMDB. A matéria com as frases de repúdio foram postadas na Agência de Notícias do governo.