O deputado estadual Reinhold Stephanes Júnior (PMDB) desancou ontem o líder da bancada do governo na Assembléia Legislativa, deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), a quem acusou de truculência e incompetência na condução da base aliada. Stephanes afirma que Romanelli não dá qualquer chance ao diálogo, impõe posições na base da força, o que tem criado intranquilidade entre os parlamentares governistas. E garantiu que não fala apenas por si, mas externa o que muitos deputados pensam, mas preferem não dizer publicamente.
Retratação
Para Stephanes, que está sendo ameaçado de expulsão por ter assinado a PEC contra o nepotismo, o episódio da “assinatura fantasma” que depois se verificou tinha dono foi mais um exemplo da falta de habilidade de Romanelli, que chegou a acusar o autor da proposta de falsificar assinaturas. O peemedebista, que garante não vai recuar no apoio ao projeto, questionou se agora o líder governista vai se desculpar ou se retratar com o petista.
Insubordinação
O peemedebista reagiu negando ser truculento, mas não convenceu nem ele mesmo. E disse que Stephanes estaria agindo com insubordinação em relação às decisões da bancada.
Descuido
Veneri também questionou ontem o fato de Romanelli ter dito que a assinatura não identificada inicialmente não conferia com as rubricas de nenhum dos 54 parlamentares. No mínimo, afirma, houve falta de cuidado do líder governista em apontar a falsidade da assinatura, imputando a irregularidade ao autor da PEC.
Placar
Apenas dez dos 30 deputados federais paranaenses votaram contra a prorrogação da CPMF. São eles: Alceni Guerra (DEM), Eduardo Sciarra (DEM), Luiz Carlos Setim (DEM), Rocha Loures (PMDB), Cezar Silvestri (PMDB), Affonso Camargo (PSDB), Alfredo Kaefer (PSDB), Gustavo Fruet (PSDB), Luiz Carlos Hauly (PSDB) e Barbosa Neto (PDT)
Inimigos íntimo?
As novas denúncias de irregularidades no Porto de Paranaguá feitas pelo diretor técnico Leonardo Campos e entregues pessoalmente ao governador Roberto Requião também já foram enviadas à diretoria do Ministério dos Transportes ontem mesmo. Não por Campos, mas por deputados do próprio PMDB.
Muro
O secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, faz questão de ficar bem longe da guerra entre o governo do Estado e o Ministério Público do Paraná (MP), onde foi promotor. Prefere ficar em cima do muro e não atacar os ex-colegas. O chefe, o governador Roberto Requião, por enquanto faz vistas grossas, mas pode intimar o secretário a tomar partido sim.
Lá
Em tempo. Delazari se reuniu em Brasília com secretário executivo do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), Luiz Paulo Barreto, para discutir a liberação de cerca de R$2,6 milhões do Fundo Nacional de Segurança Pública para o Paraná, ainda neste ano. Delazari foi à Brasília para pedir, pessoalmente, que a verba não seja “pulverizada” em diferentes projetos mas sim que possa ser aplicada integralmente no policiamento comunitário. Ele quer aplicar tudo na Polícia Comunitária.
Em alta
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima que em 2010 a taxa de desemprego no Brasil fique em torno de 4,2%, patamar que se assemelha ao verificado nos anos 80, segundo dados do IBGE. Mais trabalho para todo mundo.
Em baixa
A ações da COPEL voltaram a cair ontem na bolsa de São Paulo. Até às 16 horas, a queda já era de 4,5%. Segundo especialista, tudo é por conta do plano do governador Roberto Requião de colocar a estatal na disputa pela concessão das rodovias federais.