O líder do governo na Assembléia, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), deve estar com dinheiro sobrando. É que Romanelli comprou um aparelho de televisão de 29 polegadas igual ao já adquirido pelo líder da oposição, Valdir Rossoni (PSDB). Tudo para rebater as suspeitas de superfaturamento na compra dos televisores laranja, adquiridos pelo “primeiro-irmão” e secretário da Educação, Maurício Requião, da Cequipel – generosa doadora da campanha do governador em 2006.


Garantia
Romanelli comprou o mesmo aparelho no mesmo site da internet. Só que ao invés dos R$ 739,00 pagos por Rossoni, desembolsou mais de R$ 1 mil. Segundo ele para provar que o valor menor pago pelo tucano foi em função da garantia também menor, de apenas um ano. Segundo ele, com a garantia de três anos – semelhante às TVs adquiridas pelo Estado – o preço sobe para R$ 1.030,70.


Factóides
Além da compra, o líder governista também encaminhou na sexta-feira cópias das notas fiscais do aparelho ao Ministério Público Estadual. Que apesar da insistência do peemedebista e do governo de atribuir as denúncias da oposição a mais uma tentativa de criar factóides, já abriu inquérito sobre o caso, que deve ser concluído logo no início de 2008. Na quinta-feira, o líder da oposição havia encaminhado as notas da TV comprada por ele, 27% mais barato, a pedido da promotoria.


Cabidão
Nem o final do ano e o espírito de festa foi capaz de dar uma trégua no “fogo amigo” do governo Requião. Continuam surgindo aqui e ali documentos e acusações de nepotismo generalizado, desvio de recursos, entre outras práticas pouco lisonjeiras. Entre os alvos preferidos estão a Casa Civil e o Departamento de Trânsito, que segundo consta, estariam servindo de cabide de emprego para algumas famílias privilegiadas do staff requianista.


Me inclua fora dessa
Líderes do PT que acompanham de perto as pesquisas de opinião pública não querem nem ouvir falar em aproximação com o PMDB do governador Requião nas eleições municipais do ano que vem. Comentam que o apoio do partido e de seu maior cacique pode ser o “beijo da morte” para qualquer candidato a prefeito, em especial aqueles que vão disputar as prefeituras das cidades mais populosas, onde a avaliação do governo vai de mal a pior.


Repeteco
Há quem já preveja um novo rompimento entre o PT e o governo Requião já para 2008, há exemplo do que aconteceu em 2004, logo após as eleições municipais de 2004. Na época, petistas e peemedebistas trocaram acusações mútuas pelo péssimo desempenho eleitoral de seus candidatos.


Bons olhos
A deputada estadual Rosane Ferreira (PV) acredita que o Paraná esteja muito bem representado em Brasília. “Acho que os deputados Gustavo Fruet, Marcelo Almeida e Osmar Serraglio são muito bons. Estamos bem servidos na Câmara Federal”.


Bloco e caneta
Apesar da pouca experiência parlamentar, o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB) garante que não precisa de muita indumentaria para trabalhar como político. “Sou um administrador e comecei a trabalhar na área de vendas da Nutrimental. Nunca fui de ficar atrás de mesa. Pra mim, uma caneta e um bloco de papel já são suficientes”.



Em alta
Na avaliação de 2007 dos trabalhos da Assembléia, o deputado  estadual Ney Leprevost (PP) destaca a defesa da independência do Ministério Público que foi, durante o ano, um dos alvos preferenciais da ira de Roberto Requião.


Em baixa
O dólar fechou em alta na última sessão de 2007.Mas no ano a moeda norte-americana, que encerrou cotada a R$ 1,777, acumulou forte queda de 16,8%, o dobro da desvalorização registrada em 2006, de 8,13%. Em dezembro, o dólar recuou 0,95%.