A Comissão de Ética do governo federal encaminhou ao presidente Lula uma recomendação para a demissão do ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Motivo: ele se recusa a deixar o cargo de presidente nacional do PDT, mesmo depois de ter assumido o ministério. Para a comissão, as duas funções são incompatíveis com a ética, já que confundem interesses partidários com os da administração pública. O que muitos pedetistas, inclusive paranaenses, aliás, concordam e assinam embaixo.
Analogia
Se a moda pega, muita gente que ocupa polpudos cargos do governo Requião teria que arrumar outro emprego. Entre eles o presidente do PMDB de Curitiba, Doático Santos – nomeado pelo governador como “assessor especial” para espezinhar a vida do prefeito Beto Richa. E o “primeiro-sobrinho”, João Arruda, secretário-geral do PMDB estadual, que ao mesmo tempo ocupa cargo na Cohapar.
Sob controle
A lista de políticos que ocupam ao mesmo tempo cargos de direção partidária e de chefia administrativa no Estado não pára por aí. O presidente do PV, Mello Viana, por exemplo, foi agraciado com o obscuro cargo de secretário de “Controle Interno”. Resta saber se ele controla o partido, ou o governo.
Decadência
O ano termina de forma melancólica para o governador Roberto Requião (PMDB). Depois de iniciar 2007 como o primeiro a conseguir se eleger por três vezes para o cargo máximo do Estado, o peemedebista se viu transformado em um reles bedel, a bisbilhotar salas do Palácio das Araucárias em busca de barnabés fujões.
Birra
Requião comanda um orçamento anual de quase R$ 20 bilhões, e é o responsável direto pelos rumos do Paraná pelo menos nos próximos três anos. Mesmo assim nos últimos se dispôs ao papel ridículo de vigiar se os servidores públicos vieram ou não trabalhar. Tudo por conta de uma birra com os sindicatos do funcionalismo, que ousaram recorrer à Justiça para que os dias de recesso de final de ano não fossem descontados das férias à que eles têm direito.
Memória
Quem toma conhecimento desse tipo de atitude, e não têm a memória tão curta quanto o governador e seus áulicos gostariam, se pergunta: aonde ficou o “Requião paz e amor” da campanha eleitoral? Deve ter se aposentado e se exilado em algum canto longínquo do mundo, depois que a eleição não foi decidida facilmente no primeiro turno, como o peemedebista prometia.
Centro judiciário (I)
O presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, desembargador José Antônio Vidal Coelho, anunciou ontem, em visita ao Palácio das Araucárias, que repassou R$ 40 milhões do Fundo de Reequipamento do Poder Judiciário (Funrejus) para o Fundo de Construção do Centro Judiciário de Curitiba. A obra, que está na fase de elaboração do projeto arquitetônico, é uma parceria entre Governo do Estado e Poder Judiciário.
Centro judiciário (II)
O Centro será construído no terreno onde estava instalada a Prisão Provisória do Ahu e deve abrigar todas as atividades de primeira instância do Poder Judiciário em Curitiba. Atualmente, as varas judiciais da capital estão espalhadas por 16 prédios diferentes. A maior parte é alugada. O projeto prevê um prédio para cada especialidade – cível, criminal e juizados especiais.
Em alta
Termina amanhã o prazo para a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) no Paraná propor as ações contra os políticos que mudaram de partido fora do cronograma estipulado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A PRE já produziu mais de 400 ações.
Em baixa
O relator do projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2008, deputado José Pimentel (PT-CE), afirmou nesta quinta-feira que terá de cortar R$ 30 bilhões dos gastos previstos para o próximo ano, devido à perda de arrecadação com o fim da CPMF.