A rejeição pelo Senado da emenda apresentada pelo senador Osmar Dias (PDT) à Medida Provisória (MP) 368 – que garantiria o cancelamento da dívida do Paraná com a União por conta dos títulos podres adquiridos pelo Estado após a privatização do Banestado continua dando o que falar. Ontem, a nova versão é de que a derrubada da proposta determinada pela liderança do governo Lula no Senado teria como inspiração o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que tem planos de disputar o governo do Paraná em 2010, e não teria interesse em dar a Osmar o mérito pela solução do caso.


Irritado
Até então, o comentário era de que a rejeição da emenda do pedetista teria sido pedida ao Palácio do Planalto pelo governador Roberto Requião (PMDB). Que também não teria nenhuma vontade de encher a bola do adversário que por muito pouco não lhe tomou o cargo na eleição passada. Peemedebistas próximos a Requião, porém, negam e garantem que ele ficou irritado com o resultado da votação.


Maldade
Mas outra versão – bem mais maldosa – correu ontem nos bastidores políticos paranaenses. Segundo ela, quem estaria por trás da rejeição da emenda que cancelaria a dívida do Paraná seria na verdade o senador Aloísio Mercadante (PT/SP). Que por sua vez teria recebido alguns milhões de reais do banco Itaú na campanha para o governo de São Paulo de 2006. Banco que cobra do Paraná o pagamento dos títulos podres que deram origem à dívida.


Fiep
Cinquenta sindicatos patronais da indústria divulgaram ontem apoio à chapa “Afirmação Empresarial”, liderada pelo atual presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures, que disputa a reeleição. Um anúncio assinado por todos eles será divulgado hoje, quatro dias antes da eleição na Federação, marcada para a próxima segunda-feira.


Azedume
Com o apoio recebido ontem, Rocha Loures praticamente garante sua reeleição, já que os votos votos declarados representam 52% do colégio eleitoral – dos 96 sindicatos, 95 estão aptos a votar. A notícia deve azedar o humor do governador Roberto Requião (PMDB), que vem trabalhando pessoalmente na campanha da chapa de oposição.


Silêncio
O deputado Élio Rusch (DEM) cobrou ontema resposta de um requerimento pedindo informações sobre o valor dos créditos tributários pagos mediante compensação com precatórios alimentícios desde 2001. “Apresentei o requerimento em junho e ainda não obtive resposta”, disse ele.



Pedágio
Em audiência na 3ª Vara Cível de Ponta Grossa, o ex-deputado e ex-assessor do governador Requião, Acyr Mezzadri, teve que responder ontem pela acusação de ter causado um prejuízo de R$ 1 milhão pela invasão de praças de pedágio em dezembro de 2005. Outros dois acusados de liderar o movimento – o ex-candidato ao governo Antonio Roberto Filho, e o vereador Custódio da Silva, sequer se dignaram a apresentar defesa.


Direito
Mezzadri, que até pouco tempo ocupava um rendoso cargo de confiança no conselho administrativo da Copel, nomeado por Requião,  limitou-se a alegar que o direito a manifestação é garantido pela Constituição. Esqueceu de dizer que esse direito não inclui a interdição de vias públicas e a depredação de equipamentos das concessionárias, que acabam se refletindo mais tarde no bolso do usuário das estradas pedagiadas. 


Em alta
A aprovação ontem, na Comissão de Comunicação da Câmara Federal, de um pedido de informações ao ministro das Comunicações, Helio Costa, sobre a utilização da TV Educativa do Paraná foi uma vitória da oposição, que uniu as bancadas estadual e federal.



Em baixa
 O Sindilitoral está preocupado com a crise política que esta envolvida os municípios de Matinhos e Guaratuba, ambas câmaras municipais estão em processos contra os  prefeitos. Teme que as crises afetem a qualidade da temporada 2007/2008.