Como já se esperava, o discurso do governador Requião no retorno da Assembléia não trouxe qualquer novidade. Apesar de estar há cinco anos no poder, e já ter passado o primeiro ano do segundo mandato, o peemedebista insiste na ladainha de culpar o antecessor Jaime Lerner por todos os problemas do Estado. Em quase duas horas de fala, Requião não foi capaz de apresentar um projeto, proposta ou idéia nova. Preferiu repetir as já batidas cantinelas contra a imprensa, o modelo “neo-liberal”, e as bandeiras de brigas fracassadas contra o pedágio, que até agora não baixou nem acabou. Nesse sentido, as palavras do governador acabaram sendo emblemáticas ao refletirem o envelhecimento precoce que sofre o seu governo.
Contramão
O deputado Ney Leprevost (PP) ironizou ontem o de Requião. Segundo ele, pelo ditado popular, discurso tem que ser como minissaia: curto, justo e provocador. “O discurso do Requião foi longo, chato e tedioso”, brincou.
Fora do ar
Pelo menos no início da sessão, antes mesmo que começasse a falar, o governador teve motivo concreto para reclamar da “censura”. É que o sistema de som do plenário da Assembléia falhou.
Treino
A principal novidade da primeira sessão da Assembléia, ontem, foi o novo painel eletrônico para registro de presenças e votos. Por enquanto, porém, o equipamento não foi usado, já que ontem a sessão foi solene e não houve votação, nem discursos dos parlamentares. Além disso, os próprios deputados ainda terão que passar por treinamento antes que ele comece a operar de fato.
Silêncio (I)
O secretário de Estado da Comunicação Social, Airton Pisseti, que já deu o “bolo” pelo menos três vezes nos deputados, ao se recusar a atender a convocações para comparecer a Assembléia, circulou ontem pelo Legislativo. Como sempre, se recusou a dar entrevistas, certamente para não ter que responder sobre as suspeitas que pesam em relação a sua participação na campanha do candidato de oposição à Presidência do Paraguai, Fernando Lugo.
Silêncio (II)
Requião, que tanto reclama não ter espaço na “imprensa canalha”, também não quis papo com os repórteres. Como sempre, fez de conta que não era ele quando cercado pelos jornalistas e questionado sobre as recentes polêmicas envolvendo as eleições paraguaias e os gastos com cartões corporativos.
Calma lá
O presidente do PDT do Paraná, senador Osmar Dias (PDT), jogou um balde de água fria nos planos dos membros do diretório municipal de seu partido, que em reunião, na noite de ontem, ensaiou o lançamento de candidatura própria à Prefeitura de Curitiba. “À princípio, está mantida a aliança em torno da candidatura do Beto Richa. Portanto, o que for definido pelo diretório de Curitiba ainda terá que ser submetido ao diretório estadual”.
Opções
Os pedetistas de Curitiba trabalham com os nomes do deputado estadual Luiz Carlos Martins e do empresário da educação, Wilson Picler, como alternativas para uma possível candidatura própria na Capital. Martins tem grande eleitorado na cidade e Picler foi candidato à deputado federal não eleito em 2006.
Em alta
O presidente da Fundação de Ação Social (FAS), Fernanda Richa, reuniu-se ontem pela manhã com os 450 funcionários da sede da fundação, no Campo Comprido. Também participaram os funcionários do Instituto Pró-Cidadania de Curitiba (IPCC).
Em baixa
O Ministério Público Federal (MPF) vai limitar saques em espécie realizados por meio dos cartões corporativos em unidades administrativas. Seguindo a orientação do Executivo, saques em dinheiro vivo não ultrapassarão 30% do total de operações realizadas.