Um dos mais fiéis escudeiros do governador Roberto Requião – o deputado estadual Caito Quintana (PMDB) — corre o risco de levar nova “rasteira” do amigo. Preterido na eleição para a Presidência da Assembléia Legislativa, em 2007, Quintana agora também pode ficar a ver navios na disputa pela indicação para conselheiro do Tribunal de Contas. Uma articulação palaciana já está em curso para indicar o secretário de Educação e irmão do governador, Maurício Requião, para a vaga.


Pilatos
Em 2006, o PMDB elegeu 13 deputados – a maior bancada da Assembléia – o que deu ao partido a preferência para ocupar a presidência da Casa. Ao invés de Requião lavou as mãos, deixando o caminho aberto para o deputado Nelson Justus (DEM), ex-secretário dos Transportes do governo Lerner. Desde então Caito Quintana e outro requianista convicto, Nereu Moura, que sonhavam com o posto, recolheram-se a um silêncio obsequioso.


Opção
No PMDB, já há quem se movimente para barrar a articulação em favor do primeiro-irmão na disputa pela indicação para o TC. Nessa ala, a opção de voto caso os palacianos insistam na campanha em favor de Maurício, é no oposicionista não muito convicto e presidente da Comissão de Constituição e Justiça, deputado Durval Amaral (DEM).


Holofotes
A TV Assembléia e o painel eletrônico já provocaram mudanças no comportamento dos deputados da Casa. Na reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, por exemplo, transmitida pela emissora legislativa, o tom dos debates foi bem mais técnico e cuidadoso do que o costumeiro. Já no plenário, ao contrário do que acontecia antes, a maioria dos deputados já apareceu logo no início da sessão, e não apenas após o começo das votações. Sem falar nos discursos, mais calorosos.


Estilhaços (I)
O líder da oposição, deputado Valdir Rossoni (PSDB) afirmou ontem que ao insistir em “olhar para trás” para culpar o governo Lerner por todos os problemas do Estado no discurso de abertura dos trabalhos da Assembléia, o governador Requião acabou atingindo muitos dos atuais colaboradores que apoiaram o antecessor.


Estilhações (II)
 E fez uma lista, que inclui o atual presidente da Cohapar, Rafael Greca, os conselheiros do TC, Hermas Brandão, Caio Soares e Heinz Herwig, o ex-conselheiro do tribunal, Rafael Iatauro, o ex-deputado Algaci Túlio, e o atual secretário do Trabalho, Nelson Garcia.


Acordão
O senador Osmar Dias (PDT) criticou ontem o acordo entre líderes da oposição e do governo Lula em torno da CPI dos Cartões Corporativos. “Já assinei a CPI, mas quero seriedade nas investigações e não um acordo do atual governo com o governo passado. É necessário tornar disponível à população todas as informações. Já temos uma carga tributária enorme e os impostos crescem para pagar contas de gastos supérfluos e pessoais feitos com os cartões corporativos”, cobrou.


Mínimo
O Diretório Estadual do PPS do Paraná aprovou ontem proposta apresentada pelo prefeito de Piraquara, Gabriel Samaha (Gabão), do cumprimento de um programa mínimo pelos candidatos a prefeito pelo partido como condição para uma possível recandidatura. Avanços nas áreas sociais devem ser acompanhadas por um grupo de trabalho com base em indicadores do IDH de cada município, ano a ano.


Em alta
O Tribunal de Justiça do Paraná  (TJ-PR) julgou favorável o mérito do mandado de segurança da Prefeitura de Curitiba, que contestou em agosto de 2007 a inclusão do Município no Cadastro de Inadimplentes (Cadin) do governo estadual.



Em baixa
Os deputados Elton Welter e Péricles de Mello, do PT, apresentaram proposta de emenda à constituição para instituir eleições diretas nas universidades estaduais.O objetivo é garantir autonomia à comunidade universitária em eleger seus dirigentes  e acabar com lista tríplice..