Em encontro com os representantes dos seus diretórios zonais e lideranças de bairros do PMDB de Curitiba na noite de segunda-feira, o deputado federal Marcelo Almeida alertou para o fato do partido ter perdido densidade eleitoral Capital nas últimas eleições. Em 1996, quando o partido disputou a prefeitura de Curitiba com a candidatura do ex-deputado federal Max Rosenmann, o partido somou 81.074 votos: 18.663 para Max e 62.411 para os quatro vereadores eleitos. Em 2000, o desempenho do partido melhorou, totalizando 112.682 votos dados ao candidato da legenda à prefeitura, Maurício Requião, e ao único vereador eleito pelo PMDB.
Encolhendo
Em 2004, quando o PMDB não lançou candidato próprio para apoiar a primeira candidatura do deputado Angelo Vanhoni (PT) à prefeitura de Curitiba, o resultado foi ruim. O partido voltou a eleger quatro vereadores, mas somou apenas 68.471 votos nas urnas. Nas eleições do ano passado, o partido obteve meros 19.157 votos na eleição executiva municipal. “Este não é o resultado eleitoral que o maior partido do Brasil deve ter em Curitiba, uma capital importante e que está oferecendo ao PMDB nacional o nome do governador Roberto Requião para disputar a presidência da República”, disse Almeida.
Líderes
Para tentar reverter o quadro de “encolhimento” do PMDB, o deputado, que é vice-presidente do partido em Curitiba foi encarregado de elaborar um plano estratégico para 2010. O primeiro passo foi identificar nos quadros do partido um líder por bairro. Em janeiro, os bairros serão divididos em quadras e novas lideranças serão identificadas, cadastradas e preparadas para o trabalho de reestruturação partidária.
Suspense
E o Datafolha com os números da corrida sucessória no Paraná, esperado para ontem, acabou não saindo novamente, aumentando ainda mais o suspense entre os pré-candidatos ao governo e suas assessorias. O jornal Folha de São Paulo, que mantém o instituto, preferiu divulgar os dados referentes a disputa no Ceará, Bahia, Distrito Federal e Pernambuco.
Prova
Sem o Datafolha, restou aos políticos e áulicos se debruçarem sobre os índices do Ibope, divulgados pela assessoria do senador Osmar Dias (PDT). A diferença de apenas três pontos de vantagem de Beto Richa para o pedetista – dentro da margem de erro, e portanto, em empate técnico – surpreendeu muitos que apostavam em uma disparada do tucano. O levantamento do Datafolha acabará servindo como “prova dos nove” para as articulações nesta virada do ano.
Cenário
A presidente do PT Paraná, Gleisi Hoffmann, diz que tem se divertido muito neste fim de ano. Hoffmann já foi lançada a governadora, vice-governadora e até deputada federal. Brincadeira à parte, Gleisi afirma que é pré-candidata ao Senado. “Independente do cenário político que se configure no Paraná, serei candidata ao Senado”, afirma Gleisi, que em 2006 foi derrotada por Alvaro Dias (PSDB) na disputa por cadeira no Senado.
VIP
Ontem Gleisi embarcou para Brasília. Foi acompanhar o marido, o ministro do Planejamento Paulo Bernardo no jantar de final de ano oferecido pelo presidente Lula aos membros do primeiro escalão do governo Lula.
Bola da vez
Os caciques do PV do Paraná desistiram de apostar em Melo Viana, que tem sido o candidato do partido nas disputas pela Prefeitura de Curitiba e governo do Estado. O partido anunciou ontem que em reunião em Foz do Iguaçu, os dirigentes apontaram o nome do diretor de Meio Ambiente da Itaipu Binacional, Nelton Friedrich, para disputar o governo em 2010. Para as eleições do ano que vem, o PV deve sair, a exemplo das últimas três eleições, com chapa pura. Serão 81 candidatos a deputados estaduais, 45 candidatos federais, senado e governo. A expectativa do PV é eleger 5 estaduais e 3 federais.
Orçamento
e tensão
O fato de 2010 ser ano eleitoral deixou o clima tenso na votação do Orçamento da União, ontem na Câmara. O deputado federal paranaense André Vargas (PT) acusou a oposição de não querer votar a proposta, apenas para atrapalhar o governo. O Orçamento Geral da União atingirá a soma de R$ 1,86 trilhão em 2010. Descontado o pagamento com a dívida pública e o investimento das estatais, as despesas primárias a cargo dos orçamentos fiscal e da seguridade vão somar R$ 825,9 bilhões. A despesa obrigatória soma R$ 691,4 bilhões, ou seja, 83,7% do gasto primário é de caráter obrigatório. A margem de manobra dos poderes – chamado de gasto discricionário – responde pelo restante, ou somente R$ 134,5 bilhões.
Parabólica
Notinha da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes mostra um fenômeno em Curitiba, por conta da lei antifumo. Bares e restaurantes que mantém mesas ao ar livre registram ocupação de 100%. Nestes mesmos locais, as mesas nos recintos fechados ficam às moscas. Menos em dias de chuva, claro. A associação disse que ainda no começo do ano vai anunciar o impacto econômico com a lei. Em Curitiba, segundo consulta do último fim de semana a 33 bares, aumentou em 10% o consumo de bebidas e comidas.
Em alta
A partir de 1o. de janeiro de 2010 o valor do salário mínimo será de R$ 510 informou há oo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. O presidente Lula, que está no Rio de Janeiro, já bateu o martelo e deve assinar medida provisória reajustando o mínimo até sexta. O reajuste vai custar R$ 4,6 bilhões nas contas da Previdência
Em baixa
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello negou pedido de transferência de Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, para o Rio de Janeiro. O traficante está preso na Penitenciária Federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul.