A atitude do governador Roberto Requião (PMDB) de não querer dar crédito ao senador Osmar Dias (PDT) pela solução que resultou no fim da famigerada multa cobrada do Paraná pela União por conta dos títulos públicos adquiridos pelo Banestado traz à tona um falha de caráter imperdoável. E revela um comportamento mesquinho que não cai bem a quem gosta de vender uma imagem pública de estadista.


Despeito
Nos oito anos em que permaneceu no Senado, Requião votou contra todas as matérias de interesse do Paraná. Tudo para tentar atrapalhar a vida do então governador Jaime Lerner. Talvez por isso o peemedebista não consiga dar o braço a torcer quando seu atual inimigo político número, Osmar Dias, faz exatamente o contrário, demonstrando uma altivez e um desprendimento que o governador paranaense jamais exibiu em sua carreira política.


Papelão
Mais ridículo mesmo foi o papelão da Agência de Notícias do governo, que publicou e depois fez desaparecer um texto em que o deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB) reconhecia a participação decisiva de Osmar na solução para a dívida paranaense no Senado. Típica atitude de rapapés e lambe-botas, capazes até de reescrever a história de acordo com suas conveniências, mesmo que isso implique em violentar os fatos.
Improbidade
A Promotoria de Justiça de Proteção do Patrimônio Público da Comarca de Formosa do Oeste, a cerca 100 quilômetros de Cascavel, protocolou ontem ação civil pública contra o ex-presidente da Câmara de Vereadores de Jesuítas, Reginaldo Stephani da Cunha. Segundo o Ministério Público, o vereador, então presidente da Casa, firmou um contrato irregular com uma empresa de telefonia celular entre maio e dezembro de 2005.


Bloqueio
De acordo com os promotores, o serviço, contratado sem qualquer tipo de justificativa administrativa ou financeira, onerou em R$ 6.207,63 os cofres públicos. Além da condenação por prática de ato de improbidade administrativa, o MP pediu, cautelarmente, a decretação de indisponibilidade de bens do político.


Celulares
O promotor de Justiça Márcio Soares Berclaz, que assina a ação civil pública, afirma que o contrato firmado entre o vereador e a operadora de celular consistiu na cessão, em comodato, de 15 telefones celulares à Câmara. Os aparelhos teriam sido distribuídos a vereadores e servidores da Casa.


Porteira aberta (I)
 O senador Jonas Pinheiro (DEM-MT) aproveitou a porteira aberta por Rondônia e Paraná – que conseguiram se livrar, respectivamente, de dívidas de R$ 5 bilhões e R$ 870 milhões durante a votação da DRU – e apresentou projeto que abre aos Estados o direito de emitir títulos públicos para amortizar ou quitar débitos renegociados com a União. A proposição apresentada pelo senador prorroga o pagamento das dívidas em 30 anos, com carência de seis anos.


Porteira aberta (II)
Para Pinheiro, é necessário reduzir o impacto da dívida consolidada sobre as contas estaduais. Com isso, seriam liberados recursos próprios para investimentos em obras de infra-estrutura econômica e social, como pavimentação, saneamento básico, integração rodoviária das cidades, saúde e educação. Os Estados desembolsam atualmente entre 5% e 15% de suas receitas líquidas com o pagamento das dívidas com a União.


 


Em alta
A Comissão de Saúde, Bem-Estar Social e Meio Ambiente da Câmara de Curitiba, analisou 60 projetos em dez reuniões durante o ano. Um dos assuntos foi a lei que proíbe a locação de animais para guarda. O projeto, apresentado pela comissão, foi aprovado.


Em baixa
A Comissão de Saúde, Bem-Estar Social e Meio Ambiente da Câmara de Curitiba, analisou 60 projetos em dez reuniões durante o ano. Um dos assuntos foi a lei que proíbe a locação de animais para guarda. O projeto, apresentado pela comissão, foi aprovado.