No início das sessões plenárias deliberativas deste ano, o deputado Tadeu Veneri (PT) irá reapresentar alguns projetos de sua autoria que foram rejeitados ou não entraram em votação na legislatura passada (2003-2006). Entre os primeiros que serão novamente protocolados, está o pesadelo do governador Roberto Requião, que proíbe a prática de nepotismo — contratação de parentes de autoridades para cargos em comissão, sem concurso público.
Nepotismo, de novo (II)
O projeto do nepotismo foi rejeitado, em segunda discussão, no ano passado, após um amplo debate envolvendo os diversos setores da sociedade. Pelo andar da carruagem no Ministério Público, onde tramita investigação sobre o nepotismo no governo Requião, não seria de se estranhar que o projeto de Veneri resulte em algo concreto antes.
Prazo
Veneri pretende reapresentar a proposta que determina prazo máximo de trinta dias para que o Executivo responda a requerimentos e demais pedidos protocolados por servidores públicos ou demais cidadãos junto aos órgãos da Administração Direta e entidades da Administração Indireta do Estado do Paraná. Outro pesadelo do Palácio Iguaçu.
Salário
Que o secretário de Estado de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, está mais propenso a escolher o cargo no governo em vez do carreira de promotor no Ministério Público, todo mundo sabe. Um dos pontos favoráveis do MP, no entanto, é o salário. Hoje, ele recebe R$ 21 mil do MP, mesmo sendo secretário porque optou pelo vencimento maior. Caso deixe a carreira de promotor, Delazari terá se contentar com os cerca de R$ 11 mil que receberia como secretário.
Notificação
Delazari, aliás, se comprometeu com o corregedor-geral de Justiça do Ministério Público do Estado, Ernani de Souza Cubas Júnior, a ir hoje pessoalmente a Corregedoria para ser notificado pessoalmente sobre a decisão do Conselho. Quando isso acontecer é que passarão a valer os 30 dias para ele escolha entre um ou outro cargo.
Juramento
Está marcado para a próxima quinta-feira o reinício dos trabalhos legislativos na Câmara Municipal de Curitiba. A sessão marcará o juramento dos suplentes Mestre Déa (PP) e Pedro Paulo (PT), com a presença do prefeito Beto Richa (PSDB). Os dois suplentes assumem as cadeiras deixadas, respectivamente, por Ney Leprevost (PP) e Reinhold Stephanes Jr. (PMDB), que se elegeram deputados estaduais em 2006.
Reformas
Depois de calar o plenário da Câmara em seu primeiro discurso, o deputado-estilista Clodovil Hernandez (PTC/SP) voltou a “causar”. Pediu autorização à Câmara para reformar, por conta própria, o seu gabinete e decorá-lo com uma cobra naja de metal. Além de Clodovil, outros três deputados também pediram autorização à Câmara para reformarem seus gabinetes com verbas particulares. Um deles é o paranaense Ratinho Júnior (PPS).
Mandato tucano
O segundo suplente do PSDB na Assembléia, Miltinho Puppio está empenhado em convencer o prefeito Beto Richa (PSDB) a nomear secretário municipal o primeiro suplente, vereador Rui Hara. Como o deputado Nelson Garcia (PSDB) foi para a Secretaria Estadual do Trabalho, um novo tucano deve seguir para a Assembléia. Beto Richa já teria inclusive convocado Hara para uma conversa na próxima segunda-feira.
Em alta
O Ministério da Saúde autorizou a liberação de R$ 339 mil para a realização de cirurgias eletivas de média complexidade na cidade de Foz do Iguaçu. A medida faz parte da Política Nacional de Procedimentos Cirúrgicos Eletivos de Média Complexidade do governo.
Em baixa
Além de amargar as derrotas nas concessões estaduais, o governador Roberto Requião agora terá que enfrentar a instalação de quatro praças de pedágio federal no Paraná. A luta do governo do Estado contra o pedágio continua mesmo sem vitórias.