O governador licenciado e candidato à reeleição Roberto Requião (PMDB) bem que tentou disfarçar, mas não conseguiu esconder que sentiu o golpe da repercussão da prisão do policial civil Délcio Razera, que do Palácio Iguaçu foi para a cadeia por estar envolvido até o pescoço com escutas clandestinas. O próprio Requião apareceu no horário eleitoral de ontem à noite para se justificar, afirmando que o caso será investigado com rigor. Se não estivesse preocupado, continuaria ignorar as acusações contra ele. Dois pesos Outro sintoma da preocupação do staff requianista é a reação de seus aliados. Ontem, eles anunciaram um ato de desagravo ao governador na Boca Maldita para amanhã. Chegam ao ridículo de afirmar que os adversários do peemedebista estariam até ferindo a convenção de Genebra ao atacá-lo. Só faltam chamar a ONU. Fica a pergunta: e quando Requião ataca os outros? No ataque O candidato do PDT ao governo, senador Osmar Dias endureceu ontem às críticas ao governo Requião e ao governador licenciado. Em entrevista à Rádio Clube de Curitiba e em declarações divulgadas por sua assessoria, Osmar bateu duro no peemedebista, voltando a acusá-lo de fazer promessas sem qualquer viabilidade. Mirabolante Um dos alvos do pedetista foi a promessa de Requião de construir rodovias paralelas às estradas privatizadas como forma de combater o pedágio. “É uma promessa mirabolante que mostra a falta de prioridades. “Agora vai tirar dinheiro para construir estradas paralelas às que são pedagiadas, porque ele não conseguiu cumprir a promessa de acabar com o pedágio? É mais uma das promessas que não serão cumpridas e a população sabe disso”. Vilão-mocinho O governo apagou as luzes da Assembléia, na terça-feira, o governo, com luvas de pelica. Integrantes da coordenação política do mesmo trabalhou pela derrubada do veto governamental por 37 dos 38 deputados presentes à sessão plenária. A manobra, cheia de idas e vindas, garantiu aos advogados especiais do Poder Executivo o beneficio de reestruturação de carreira concedido aos procuradores do Estado através de mensagem governamental. O veto era parcial, pois o texto original tratava-se da mensagem governamental nº 39/06, que visava adequar o vencimento básico dos integrantes da carreira de procurador do Estado do Paraná. Entretanto, quando a proposta foi votada na Assembléia recebeu uma emenda parlamentar, estendendo aos advogados do Poder Executivo, o que foi vetado pelo Governo Estadual. Na verdade, o governo vetou porque não queria o aumento. Mas pressão daqui, pressão de lá, além do momento político, o veto foi derrubado. A articulação foi do procurador geral Sérgio Botto Lacerda, que há tempos andava sumido do mapa. Parque O deputado estadual Homero Barbosa Neto protocolou ontem na 3ª Vara da Fazenda Pública do Estado uma ação popular para suspender e anular a transformação do Haras Tamandaré em parque público do município de Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba. Na ação, o deputado alega que o preço da área, do espólio de Aníbal Khury, foi superfaturado. Barbosa Neto também questiona, embasado em documentos, a utilização de recursos do estado na implantação de um parque municipal o que, segundo a Constituição Estadual, cabe exclusivamente aos municípios. Em alta A propaganda eleitoral está rolando solta nas repartições públicas do governo do Estado. Os candidatos entram sem cerimônias nas principais repartições para distribuir santinhos, panfletos e há aqueles que até fazem discurso. Ninguém merece. Em baixa Era tudo que o que o governador licenciado Requião e o irmão dele, Eduardo Requião, superintendente do Porto não queriam. A dragagem do Canal da Galheta, no PORTO DE PARANAGUÁ, anunciada aos quatros ventos, não foi aprovada pela Marinha.
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