O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, anunciou ontem um bloqueio “provisório e prudencial” de R$ 37,2 bilhões no Orçamento do Poder Executivo para 2009. O corte vale apenas para o Executivo, até março, quando a equipe econômica divulgará uma programação financeira mais detalhada e mais apurada com base no resultado da arrecadação do primeiro bimestre. Só aí, então, os orçamentos dos Poderes Judiciário e Legislativo poderão sofrer cortes. Um valor bastante alto para quem dizia estar com tudo sob controle e para um governo que negava qualquer efeito maior da crise no Brasil. Os ministérios que sofreram o maior número de cortes provisórios foram os da Defesa, com R$ 5,6 bilhões do seu orçamento de R$ 11,1 bilhões para custeio e investimentos, e o das Cidades, que perdeu temporariamente R$ 3,8 bilhões dos seus R$ 9,7 bilhões, ou seja boa parte das obras prometidas. No caso do Ministério das Cidades, o corte atinge os projetos incluídos no Orçamento por emendas parlamentares, que deverão ser cancelados para recompor a dotação do PAC. E é só o começo.