O governo Requião deu sua própria interpretação ontem ao estudo divulgado na quarta-feira pelo Instituto de Pesquisas Econômicas (Ipea) que mostrou que nos últimos anos os gastos de custeio da máquina pública no Paraná aumentaram muito acima da média de outros estados, conforme publicou o Jornal do Estado. Segundo a versão oficial – que não nega a elevação dos gastos – esse aumento teria sido motivado pela contratação de funcionários e reajustes salariais, na construção e aparelhamento de escolas, hospitais e penitenciárias.
Proporção
Outro argumento do governo é de o aumento das despesas não significou inchaço da máquina, já que entre os estados da região Sul, o Paraná ainda seria o que menos gasta em proporção à população. De acordo com o Ipea, a máquina pública do Paraná custa, a cada paranaense, R$ 1.320 por ano, contra R$ 1.527,00 de Santa Catarina e R$ 1.621,00, de Rio Grande do Sul. Os áulicos requianistas só esqueceram de dizer também que dos três estados do Sul, o Paraná é o que tem os piores indicadores sociais.
Civilizado
Chamou a atenção ontem no anúncio do projeto de Curitiba para a Copa do Mundo de 2014, a amabilidade entre o prefeito Beto Richa (PSDB) e o vice-governador Orlando Pessuti. Ao contrário do governador Requião, que desde a campanha de 2006 evita qualquer encontro com Beto por conta do apoio do tucano ao adversário, senador Osmar Dias (PDT), Pessuti esbanja simpatia e mostra que está pronto para assumir o governo no ano que vem, estabelecendo um patamar civilizado de relacionamento entre o Estado e a prefeitura da Capital. Requião não deve estar gostando nem um pouco desse namoro entre seu vice e Beto Richa. Mas não pode fazer nada porque será obrigado a repassar o cargo a Pessuti em abril de 2010, para concorrer ao Senado. E precisará do apoio do novo governador, caso não queira correr o risco de um fracasso nas urnas, já que a lista de candidatos a senador engrossa cada vez mais, com nomes de peso como Gustavo Fruet (PSDB) e Ricardo Barros (PP).
Municipalização
O SINE — Sistema Nacional de Emprego deverá ser municipalizado em Curitiba. Ontem o secretário Municipal de Trabalho e Emprego, Jorge Bernadi, confirmou o recebimento do contrato do governo federal para viabilizar a municipalização. Segundo o secretário, o procedimento facilitará a criação de cursos para qualificação de mão-de-obra para as áreas que demandam maior carência no mercado de trabalho da Capital. Entre elas está a de call Center.
Olho do dono
O vice-prefeito e secretário municipal da Saúde, Luciano Ducci, aproveitou esta quinta-feira ensolarada para ver de perto o andamento de algumas das sete obras que a Prefeitura está executando, simultaneamente, para a área da Saúde. O futuro Hospital do Idoso, que já tem cumpridos 30% do cronograma de obras, foi um dos locais visitados. “É sempre bom ver de perto como os projetos estão sendo executados e, se for o caso e em tempo, fazer alguma adequação”, disse o médico Ducci.
Ferry-boats na mira
Como presidente da Comissão de Transportes da Assembléia Legislativa do Paraná, o deputado Marcelo Rangel, PPS, quer saber todos os detalhes do contrato recém aprovado que permite a exploração do serviço de ferry-boats e balsas entre Matinhos e Guaratuba, no Litoral do Paraná. “A concessionária F. Andreis, que liga Guaratuba a Matinhos há longos anos, pouco aprimorou a qualidade da travessia, não diminuiu os custos e jamais prestou um atendimento rápido durante as temporadas”, criticou Marcelo Rangel.
Em alta
O prefeito Beto Richa recebeu ontem um grupo de empresários que doou à Prefeitura de Curitiba câmeras de vídeo para ampliar o monitoramento das ruas centrais. A doação faz parte do plano de parceria social, entre o Município e a iniciativa privada
Em baixa
A volta da febre amarela silvestre em humanos, depois de 42 anos, colocou as autoridades sanitárias do Rio Grande do Sul em alerta. O governo do Estado ampliou o número de municípios da zona de risco, de 87 para 99, e começou a distribuir mais 500 mil doses da vacina.