Depois de passar os dois primeiros anos do segundo mandato comprando briga com todo mundo, o governador Requião (PMDB) se prepara para “virar o disco” e adotar uma postura “positiva” daqui para frente, na esperança de garantir apoio político para sustentar o plano de voltar ao Senado em 2010. A ordem é posar de bonzinho e usar a “caneta” para brindar os amigos, evitando conflitos desnecessários.
Frota
Um dos primeiros itens do “pacote de bondades” que Requião prepara está a compra de 1.100 ônibus para o transporte escolar nos municípios. O governo, é claro, garante que a distribuição dos mesmos seguirá critérios técnicos. Mas na Assembléia Legislativa, os deputados já estão agitados a espera de seu quinhão. Evidentemente, só receberão o “presente” de final de ano os municípios cujos parlamentares votarem segundo a cartilha governista, a começar na discussão da reforma tributária que vai garantir arrecadação para os projetos futuros do governador.
Alavanca
A “caneta cheia” explica o otimismo exibido pelo líder do governo na Assembléia, deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB). “Governo indo bem alavanca qualquer candidato que representar o nosso grupo”, disse ontem Romanelli.
Levou
Requião só excluiu do pacote de bondades o vice-governador Orlando Pessuti (PMDB), que levou críticas de todo tipo do governador. Segundos deputados peemedebistas, foi tudo ciúmes pelas iniciativas de Pessuti na sua ausência, principalmente quanto à Copa 2014.
Mágoa
O deputado Nereu Moura (PMDB) não esconde a mágoa em relação a seus companheiros de bancada por não ter tido apoio às pretensões de disputar a presidência da Assembléia, em 2003. Tanto que ao menor sinal de crítica do colega Caito Quintana (PMDB) a fórmula da eleição para a direção da Casa, saiu em defesa das regras atuais, e da Mesa Executiva comandada pelo Democrata Nelson Justus.
Unha e carne
Moura também ironizou as pretensões de integrantes da bancada peemedebista, que buscam mais espaço na direção do Legislativo. “A bancada do PMDB é muito unido. É só lançar um candidato para ver quantos votos ele consegue”, brincou.
Caso de Janiópolis
O ministro Arnaldo Versiani, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), manteve o registro de candidatura de Jair Januário Detofol, o mais votado para prefeito de Janiópolis, no Paraná, nas eleições deste ano. A coligação “União por Janiópolis” apresentou recurso contra o candidato por entender que ele é inelegível em razão de suposta rejeição de sua prestação de contas pela Câmara Municipal. O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) já havia rejeitado o recurso da coligação contra a sentença do juiz eleitoral que aceitou o pedido de registro de candidatura de Jair Detofol ao cargo de prefeito. A coligação “União por Janiópolis” afirma que a Câmara Municipal aprovou o parecer prévio do Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR) pela rejeição das contas de Detofol referentes ao exercício de 2005.
Em alta
Com o objetivo de resolver os problemas no atendimento ao contribuinte, o governo publicou no Diário Oficial da União o Decreto 6.641, regulamentando a atuação das carreiras de auditor fiscal e analista tributário da Receita Federal. Ou seja, a Receita vai ganhar mais funcionários.
Em baixa
Até o início da noite de ontem, a solução para o caso de assassinato da garota Rachel Genofre está bem longe de acontecer. Os policiais seguem muitas pistas, mas todas desencontradas. Há quem diga dentro da polícia que o assassino possa ter passado a fronteira com o Paraguai.