Choro
O governador licenciado Roberto Requião e a coordenação de campanha da coligação Paraná Forte (PMDB/PSC) avisaram que vão processar o Instituto de Pesquisa Ibope. Tudo por causa dos números apresentados pelo instituto na véspera da eleição. O Ibope apontava o segundo turno no Paraná — fato que se confirmou. Aliás, todas as pesquisas desde a semana passada apontavam para essa tendência.


Realidade
A primeira a mostrar a virada na eleição para o segundo turno foi a pesquisa GPP/Jornal do Estado, que na terça-feira passada mostrou números que indicavam o crescimento das oposições contra o candidato à reeleição. Os números das pesquisas, diga-se, mostravam o segundo turno, mas a vantagem do atual governador era maior do que o apurado nas urnas, ontem.

Em 2002
Para lembrar, na eleição de 2002 o quadro foi exatamente o contrário. Requião ficou em segundo lugar no primeiro turno, encostado em Alvaro Dias. Depois de uma arrancada, confirmou a virada no segundo turno. Naquela eleição, Requião não reclamou das pesquisas eleitorais, que mostravam exatamente a tendência da virada.


Esqueci
Os candidatos chegaram ao domingo emocionados e nervosos. Normal. Com isso, o esquecimento pode ter sido um dos efeitos colaterais. O governador licenciado Roberto Requião esqueceu o título de eleitor na mesa da zona eleitoral. Desculpou-se e disse que o assédio da imprensa o fez se atrapalhar. Luiz Felipe Bergamann, do PSOL, foi mais longe. Esqueceu o título em casa e votou usando a identidade. Mas aí foi caso de marinheiro de primeira viagem.


Peemedebistas
O governador Roberto Requião não foi o único peemedebista a sofrer uma virada na reta final. Os companheiros da Região Sul Luiz Henrique, de Santa Catarina, e Germano Rigotto, do Rio Grande do Sul, que vinham disparados nas primeiras pesquisas de intenção de voto, também sofreram. Luiz Henrique ainda vai para o segundo turno. Rigotto não teve a mesma sorte. Ficou em terceiro, atrás de Yeda Crusis (PSDB) e de Olívio Dutra (PT).


Barreira
Pelo menos 20 partidos não devem alcançar os votos necessários para superar a Cláusula de Barreira, na Câmara Federal. Com isso, podem até eleger deputados federais, mas perdem os privilégios dos partidos maiores, como representação na mesa diretora, recursos do fundo partidário e tempo de televisão. É mais ou menos o que já se previa.


Vovô
O senador Flávio Arns foi um dos poucos derrotados na campanha para o governo a ter motivos para comemorar. Dois motivos, aliás. Primeiro, conseguiu chegar à terceira posição no primeiro turno. Mas o que deixou o senador mais contente foi o nascimento da segunda neta, no final da tarde de ontem. Gabriela Arns de Santa Cruz Arruda nasceu na Maternidade Curitiba. “Eu fui para o segundo turno como avô. A minha primeira neta foi a Flávia”, disse. O parto foi normal e a mãe, Caroline Arns Arruda, passa bem.


Em alta
O senador OSMAR DIAS (PDT), em uma arrancada espetacular nas últimas duas semanas, alcançou o segundo turno. Melhor. Os números que ele conseguiu o colocam apenas quatro pontos porcentuais atrás do governador Roberto Requião.

Em baixa
O governador licenciado Roberto requião, candidato à reeleição, prometeu que venceria a eleição em primeiro turno. Bateu nessa tecla até a manhã de ontem, quando votou. Agora começa a árdua tarefa de tentar aglutinar apoios que ele já não conseguiu antes.


* Esta coluna foi elaborada por Josianne Ritz com a colaboração dos editores do Jornal do Estado.