Se depender da Coligação Paraná Forte, do governador Roberto Requião (PMDB), pesquisas eleitorais podem até sair, mas não sem antes uma briga na Justiça. Foi assim, ontem, com a Vox Populi, e deve ser assim hoje com o Datafolha. No caso da Vox Populi, a liminar foi derrubada depois.
Nada com nada
Praticamente parada desde o primeiro turno das eleições, a Assembléia Legislativa continua em passo de tartaruga. Na sessão de ontem, apenas 15 dos 54 deputados estaduais apareceram. E a sessão de hoje foi antecipada para o período da manhã. Isso que os deputados já vinham reduzindo a semana de votação para dois dias.
Deslize
O senador Pedro Simon (PMDB/RS) esteve no último final de semana em Curitiba, onde gravou depoimento em favor de Requião. Mas, em conversa com jornalistas, acabou se traindo e dizendo que tanto o peemedebista quanto Osmar Dias seriam bons nomes para governar o Estado. Quando percebeu o deslize, era tarde demais.
Rebelião
Sobre a rebelião de ontem no recém-inaugurado Centro de Detenção e Ressocialização (CDR) do complexo penal de Piraquara, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, deputado José Domingos Scarpellini (PSB), lembrou que, 30 dias depois da inauguração, os presos já haviam se rebelado. Ele também lembrou que, na inspeção feita pelos membros da comissão, a direção da unidade foi alertada sobre o clima de insalubridade, a falta de água, a questão da alimentação e , principalmente, a questão dos canteiros de trabalho, fundamental para a ressocialização dos presos e remissão de suas penas — que foi uma das principais reclamações.
Entre tapas e beijos
Em entrevista concedida ontem ao telejornal Paraná TV, da RPC, o governador licenciado Roberto Requião (PMDB) reiterou seu apoio à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e criticou a gestão de Geraldo Alckmin (PSDB) no Governo de São Paulo. Requião ainda enalteceu sua amizade com Lula e lembrou que nunca fez crítica pessoal ao presidente, a quem considera “um homem honrado”. “Fui crítico, e ainda sou, de coisas que acontecem na política econômica. Acho que nem o Lula está satisfeito com as coisas que acontecem com a política econômica e com o Banco Central”, disse. Faltou lembrar que, antes de Alckmin declarar apoio a Osmar Dias, o peemedebista também tentou conseguir a bênção do tucano.
Lá e cá
Requião assumiu o apoio a Lula, mas mesmo assim de forma “envergonhada”. Não quer correr o risco de perder os votos de um terço do seu eleitorado que prefere o tucano Geraldo Alckmin. “Vamos fazer tudo para não magoar os eleitores do Alckmin”, confirmava ontem um requianista.
Indigesta
O retrato da indigestão que a aliança PMDB-PT causou no Paraná é o depoimento de André Vargas, deputado e presidente do PT no Paraná, no programa eleitoral de Roberto Requião na TV. A boca diz uma coisa e os olhos, outra.
Em alta
Às vésperas da eleição, a Câmara de Curitiba vai promover, na próxima sexta-feira, audiência pública para discutir alterações na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e no Plano Plurianual. A sessão será realizada às 10 horas, no auditório do Anexo II do Legislativo.
Em baixa
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibiu tanto a distribuição quanto a veiculação do adesivo apócrifo que faz referência à falta de um dedo numa das mãos do presidente Lula. No adesivo, uma mão aberta com quatro dedos é cortada por um xis.
* Esta coluna foi elaborada por Josianne Ritz com a colaboração dos editores do Jornal do Estado.