Acabou ontem o prazo, estabelecido pelo Ministério Público, para que Requião e seus secretários demitissem os parentes que mantém empregados na administração do Estado. Ironicamente, segundo a assessoria do MP, o governador tem agora outros dez dias para informar quais foram as providências tomadas. “Desde 2003, o povo paranaense é obrigado a pagar o salário de quase toda família Requião. A paciência da população já se esgotou em relação aos deputados e senadores. O mesmo vai acontecer em relação ao procurador-geral, Milton Riquelme por causa da sua insistência em não coibir os abusos do governador”, dispara o presidente do PPS/PR, Rubens Bueno.


Demissionários
Enquanto isso, o juiz Renato Cruz de Oliveira Junior, da comarca de Congonhinhas, região Norte Pioneiro, acatou ontem pedido do Ministério Público de antecipação de tutela determinando que o prefeito de Santo Antonio do Paraíso, Wanderley Martins Ferreira, demita, no prazo de 60 dias, cinco pessoas que tinham relação de parentesco com ele e com vereadores e que ocupavam cargos em comissão no município. A lista dos demissionários inclui Sandra de Mello Ferreira, esposa do prefeito, além de Manoel Urbano Dias Neto, Tânia Maria Sartori, Cristiano Albanes Veiga e Celso Paulino da Silva, parentes de vereadores do município. O juiz também fixou multa diária no valor de R$ 1 mil, caso o prefeito não cumpra a medida.


Abaixo LRF
Sem constrangimento algum, o secretário de Estado da Fazenda, Heron Arzua criticou ontem na Assembléia a Lei de Responsabilidade Fiscal. “Não me agrada em nada a Lei de Responsabilidade Fiscal, criada por imposições externas”. A afirmação causou estranheza nos deputados.


Sem teto
Um dos principais conhecedores do direito tributário na Assembléia, deputado Durval Amaral (DEM) não conseguiu participar da audiência pública de ontem para prestação de contas do primeiro quadrimestre de 2007 do estado. O democrata não pode viajar para Curitiba por falta de teto em Londrina.


Confissão
Entre outras confissões, Arzua admitiu aos deputados que 2006 foi o primeiro ano que o governo Requião cumpriu os percentuais mínimos constitucionais para investimentos em saúde (12%) e educação (25%). “Nunca tínhamos conseguido e não sei se voltaremos a conseguir”.


Bagunceiro
O presidente da Assembléia, Nelson Justus (DEM) foi obrigado a passar uma “carraspana” pública no líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB) durante a sessão de prestação de contas do estado. “O senhor está apenas tumultuando uma audiência que já poderia ter acabado há muito tempo”.


Dúvida
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal que investiga as invasões de áreas urbanas em Curitiba não conseguiu chegar a um consenso sobre como intimar o assessor especial do governador Requião e presidente do PMDB da Capital, Doático Santos, a depor. Doático já se recusou por três vezes a comparecer. Os vereadores agora vão procurar o presidente da Câmara, João Cláudio Derosso (PSDB) para saber se a própria comissão poderá intimá-lo, ou se a intimação será encaminhada pela Mesa Executiva da Casa.


Inércia
O  líder da oposição na Assembléia, deputado Valdir Rossoni (PSDB) criticou ontem o governo do Estado por  não ter investido na qualificação de mão-de-obra para atender a ampliação que a Petrobras vai fazer na refinaria de Araucária. A ampliação da Repar, em Araucária, deve gerar 14 mil empregos na construção da obra.


Em alta
Lideranças lotaram o Plenarinho da Assembléia Legislativa ontempara cobrar do governo do Estado o cumprimento de acordo firmado com a Prefeitura de Curitiba para empréstimo de R$ 63 milhões para obras de infra-estrutura urbana e social.



Em baixa
Depois de muitas críticas e polêmicas, o  presidente da Assembléia Legislativa, Nelson Justus (DEM), o 1º secretário  Alexandre Curi (PMDB) e o  Durval Amaral (DEM) farão coletiva de imprensa hoje  sobre o Plano de Previdência Complementar Privado para os deputados estaduais.