O “protesto” do líder do governo Requião na Assembléia Legislativa,
deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB) — que furou três praças de
pedágio no domingo —, pode custar mais caro do que apenas a multa de R$
127,00 recebida por ele. É que, desde o final do ano passado, o
peemedebista está proibido pela Justiça Federal de participar de
qualquer manifestação nas praças de cobrança, sob pena de multa diária
de R$ 10 mil em caso de desobediência.

Malandragem
Ontem,
Romanelli, em entrevista à TV Educativa, voltou a falar em
“desobediência civil” para justificar o seu ato. Conversa fiada. Seria
desobediência civil se o deputado tivesse se recusado a pagar o pedágio
e atravessado as cancelas, assumindo os riscos pela atitude.
Esconder-se atrás de outro veículo não passa de malandragem.

Coincidência
Também
ontem já surgiram informações de que o policial que teve a ousadia de
multar o líder do governo foi afastado do posto rodoviário do Contorno
Sul e teve as férias antecipadas. Claro que o governo apressou-se em
afirmar que tudo não passou de uma mera coincidência, e não de uma
retaliação para evitar que o policial dê mais detalhes sobre o
comportamento do deputado — e confirme ou desminta as informações de
que Romanelli deu uma “carteirada” para ser liberado.

Clone
O
líder da bancada de oposição, deputado Valdir Rossoni (PSDB), entrou
ontem com recurso na 3ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba, pedindo a
proibição da utilização dos símbolos, nomes e domínio
“assuntosdecuritiba” em qualquer outro site que não o institucional da
Assessoria Especial de Governo. Segundo ele, a medida é para evitar que
o assessor do governador, Doático Santos, continue utilizando
artimanhas para driblar a decisão da Justiça que o proibiu, no ano
passado, de usar a página para ataques a adversários do governo.

Cartilha
Para
burlar a determinação judicial, Doático seguiu a cartilha da
“esperteza” requianista. Mudou o endereço do site, tirando a terminação
pr.gov.br — que identifica páginas oficiais — pelo tradicional .com.

No papel
O
deputado Marcelo Rangel (PPS) ironizou as declarações do ex-ministro
José Dirceu, que afirmou em seu blog que a oposição estaria tentando
“calar” Requião ao questionar a publicação do jornal chapa-branca
Notícias do Paraná. “Não quero calar o governador. Muito pelo
contrário. Desejo que ele fale tudo. Quem produziu esse jornal, qual a
tiragem, qual a listagem de endereços e quanto custou”, falou Rangel.

Compromisso
O
promotor de Ponta Grossa Fuad Faraj, candidato a procurador-geral de
Justiça, assumiu o compromisso público de não aceitar a nomeação de
Requião, caso não seja o mais votado na eleição interna do MP. Por lei,
o nome dos três primeiros colocados na eleição interna são encaminhados
para o governador, que escolhe quem será o procurador-geral.

Regra três
Requião
jamais respeitou o resultado da eleição interna do MP. Por duas vezes
nomeou Milton Riquelme de Macedo como procurador-geral. Na primeira
oportunidade, Riquelme foi derrotado pela promotora Maria Tereza Uille
Gomes. Na segunda, pelo promotor Olímpio de Sá Sotto Maior. Nas duas
ocasiões, Riquelme foi o segundo colocado na respectivas votações.

Em alta
O
FEDERAL RESERVE (banco central dos EUA) anunciou ontem mais um corte na
taxa básica de juros: de 3,5% ao ano, caiu para 3% ao ano. A medida é
mais uma tentativa de conter a desaceleração da economia do país,
ameaçada pela crise envolvendo empréstimos.

Em baixa
A
crise no setor de SEGURANÇA PÚBLICA no Rio de Janeiro agravou-se ontem
com o aquartelamento de vários comandos da Polícia Militar e um pedido
de exoneração de cerca de 40 oficiais, descontentes com a repressão ao
movimento por aumento salarial.