Quem esperava um Requião amuado ontem, na entrevista coletiva que confirmou o lançamento de Osmar Dias (PDT) para o governo se surpreendeu. O ex-governador esbanjou bom humor, e passou todo o tempo brincando com a indicação do deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB) como vice de Osmar. Ainda dá tempo de trocar o vice?, questionava o peemedebista, que até a véspera emplacar o deputado estadual Caito Quintana (PMDB). Prevaleceu a vontade do governador Orlando Pessuti (PMDB), que indicou Rocha Loures.

Ausência
Pessuti, aliás, foi uma das ausências mais significativas na entrevista. Sua decisão de desistir da candidatura ao governo foi decisiva para a formação da aliança PDT-PT-PMDB que evitou que Osmar fosse candidato. Mesmo assim, o governador preferiu não aparecer, muito provavelmente para não ter que encontrar Requião, com quem não fala desde a posse, em abril.

Tô fora
Outra ausência notada foi do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que também teve um papel fundamental na montagem da aliança que sustenta a candidatura de Osmar. Mesmo tendo a mulher, Gleisi Hoffmann (PT), como candidata ao Senado na chapa do pedetista, o ministro preferiu distância da coletiva, pelo mesmo motivo que Pessuti. Não quer dividir o mesmo espaço com Requião, que o acusou de propor uma obra superfaturada no Estado. 

Bonita
Osmar aproveitou ainda a ausência de Paulo Bernardo para fazer um gracejo para a candidata ao senado, Gleisi Hoffmann (PT). Todos sabem que eu queria a Gleisi como vice. Pelo menos assim a chapa ficaria mais bonita.

Desconsolado
Se o ex-governador era só alegria na coletiva, o mesmo não se pode dizer do presidente estadual do PDT, deputado Augustinho Zucchi. O sorriso amarelo não conseguia esconder o abatimento de Zucchinho, como é conhecido o parlamentar, que fez de tudo para melar a aliança com PT e PMDB, na esperança de emplacar seu nome como vice na chapa do tucano Beto Richa (PSDB).

Alívio
O clima na entrevista de Osmar era de um misto de alívio com um certo entusiasmo. Alívio pelo fim da novela que se arrastou por meses e teve uma série de reviravoltas nas últimas semanas. Entusiasmo pelas perspectivas que a aliança entre os maiores partidos da base do governo Lula no Estado abrem para a eleição. Requião, aliás, fez questão de dar o tom otimista, prevendo que em quinze dias, as pesquisas vão colocar Osmar com uma boa vantagem em relação a Richa, seu principal adversário.

Eu voltei…
Além dos novos candidatos, as eleições 2010 trarão de volta velhos conhecidos do eleitorado paranaense. Entre eles, os ex-deputados cassados Geraldo Cartário (PDT) e Íris Simões (PR), que disputarão cadeiras na Câmara Federal.

40 mil
O deputado estadual Stephanes Jr (PMDB), em entrevista a rádio CBN, disse que nos cálculos peemedebistas, 40 mil votos garantem uma cadeira na Assembleia. O chapão das proporcionais inclui PMDB/PT/PR/PCdoB/PDT. O chapão sob ponto de vista percentual eleitoral foi muito bom. Acho que com 40 mil votos deputado deve estar eleito. Não quero ficar no rebolo como aconteceu não última eleição. Aumentou o número de eleitores, então acho que vai manter quase a média de votos da eleição passada. A princípio, para os deputados do PMDB a coligação foi vantagem, na prática só a eleição vai dizer, analisou.
Copa
O Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR) garante estar com o time pronto para entrar em campo e fiscalizar as obras da Copa do Mundo de 2014. O torneio será no Brasil e terá em Curitiba uma de suas sedes. O Grupo de Trabalho do TCE está com o Plano de Fiscalização montado, composto, além do conselheiro Heinz Herwig, por dois assessores jurídicos e um assessor contábil, conta, ainda, com oito engenheiros do Tribunal. A ação do TCE começa antes das reformas nos estádios, na rede viária e dos investimentos no transporte público. A atuação do órgão tem início na verificação da regularidade dos processos licitatórios. O Tribunal fiscalizará desde o lançamento dos editais de concorrência até a entrega das obras.

Em alta
O governador Orlando Pessuti assinou ontem, convênios que totalizam R$ 5 milhões para limpeza, controle de cheias de rios e desassoreamento de canais em Curitiba, Região Metropolitana e Litoral.

Em baixa
Atingido pela Lei Ficha Limpa, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) foi o primeiro político a conseguir autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para concorrer na eleição deste ano.