A campanha eleitoral no Paraná nem bem começou oficialmente, mas o ex-governador Roberto Requião (PMDB) e o presidente estadual do PPS, Rubens Bueno, já deram no domingo demonstração de que a disputa vai ser quente. Requião e Bueno protagonizaram cenas de pugilato em Campo Mourão, onde os dois desembarcaram para participar da tradicional festa do Carneiro no Buraco. Candidato ao Senado, o ex-governador chegou a cidade e ao tentar cumprimentar o candidato à Câmara Federal e dirigente do PPS, foi recebido com uma negativa ríspida: não cumprimento canalhas, respondeu Bueno, segundo relato de presentes. Requião reagiu com xingamentos, e Bueno tascou-lhe um soco no rosto. A briga só não piorou por conta da intervenção da turma do deixa disso. É uma coisa desagradável. Arrependido não estou, mas não queria que isso tivesse acontecido’’, afirmou Bueno. Mais tarde, pelo twitter e em gravação de video, o ex-governador mininizou o episódio, afirmando que o cacique do PPS estaria histérico como uma gata no cio.

Mal acostumado
Quando chegou no local, Requião teria reclamado que antes quando era governador, era recebido por prefeitos e aliados. Na verdade, o ex-governador não se conforma com a perda das mordomias e o sumiço dos rapapés que o atingiu desde que perdeu o cargo. Mal acostumado com as mordomias e corrente de áulicos, está inconsolado pelo fato de que sem poder, essas facilidades já não existem mais e resta lidar com a realidade dos cidadãos comuns.

Hoje, Derosso vira prefeito
O presidente da Câmara, vereador João Cláudio Derosso (PSDB), assume hoje, às 10h30, a Prefeitura de Curitiba. O tucano substituirá Luciano Ducci (PSB) entre 5 e 9 de julho. Ducci participará na próxima quinta-feira (8), em Johannesburgo, do evento de lançamento da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014. O prefeito foi convidado pela FIFA para o evento, que reunirá o presidente Lula, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, autoridades de todas as cidades e estados sedes da Copa de 2014, o presidente da FIFA, Joseph Blatter, e o presidente da CBF e do Comitê Brasileiro da Copa, Ricardo Teixeira. Como o vereador Mário Celso (PSB), que é presidente da Comissão da Copa de 2014 da Câmara, também vai, João do Suco (PSDB) assume provisoriamente a liderança do prefeito no Legislativo. Em tempo. Como fiel tucano, Derosso teve que abrir mão da candidatura a deputado federal para para evitar que o 1º vice-presidente da Câmara, Tito Zeglin (PDT) – correligionário de Osmar Dias (PDT) – assumisse a prefeitura.

Acordo de irmandade
Além do evento da Copa 2014, Luciano Ducci assinará, no dia 7, um acordo de irmandade com a cidade sul-africana de Durban, uma das principais sedes da Copa que está sendo disputada na África do Sul. O acordo de irmandade foi definido em março último, quando o prefeito de Durban, Obed Mlaba, esteve em Curitiba e participou da Conferência de Cidades Inovadoras. Luciano Ducci também fará visitas técnicas a estádios e instalações da Copa da África do Sul, como sistema de transporte, central de segurança, centro de imprensa, entre outros, para obter subsídios para a preparação de Curitiba para o próximo Mundial. No evento do dia 8, no Centro de Convenções de Johannesburgo, a logomarca da Copa 2014 será apresentada pelo tetracampeão Romário. A escolha do logo foi feita por uma equipe formada pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira, o secretário-geral da FIFA, Jerome Valcke, Oscar Niemeyer, Paulo Coelho, Ivete Sangalo, Gisele Bündchen e Hans Donner. Além do símbolo escolhido, outras seis imagens fizeram parte da votação.
R$ 450 mil
Cada um dos 38 vereadores de Curitiba pode ter reservado até R$ 450 mil para apresentar em emendas a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2011. O valor, que está sendo negociado com a Prefeitura, seria o mais alto da história.

Restauração
Na sessão da última quarta-feira na Câmara de Curitiba, os vereadores foram intimados pelo presidente João Cláudio Derosso (PSDB) a esvaziarem suas gavetas no plenário para início das obras de revitalização do Palácio Rio Branco. Até o ano que vem, as sessões serão realizadas no 4º andar do anexo II.

Terreno
A decisão de José Serra de iniciar a campanha por Curitiba, amanhã, na Boca Maldita, comprova a preocupação dos tucanos em tentar estancar a perda de terreno na região Sul, outrora reduto de votos do PSDB. As pesquisas indicam que a petista Dilma Roussef tirou a diferença histórica que seu partido sempre teve no Estado em relação aos tucanos. Além disso, a trapalhada envolvendo a indicação e subsequente descarte de Alvaro Dias como vice de Serra pegou muito mal nos meios políticos paranaenses.

Pé-frio

O fato de Serra ter assistido em Londrina, ao lado de Richa, o malfadado jogo em que o Brasil foi desclassificado da Copa do Mundo de Futebol da África do Sul ao perder para a Holanda, comprova a prioridade dada pelo tucano ao eleitorado sulista, em especial ao paranaense. O presidenciável tenta se colar na popularidade do candidato de seu partido ao governo no Estado para segurar a queda nos índices de intenção de voto. Mas corre o risco de ser atropelado pela onda favorável a Dilma, alimentada pela popularidade do presidente Lula, que também prometeu vir ao Paraná em breve para dar força ao candidato da base aliada, Osmar Dias. Para complicar, a derrota reforçou a sensação de que Serra é pé-frio.

Ritmo eleitoral
A Copa do Mundo acabou, mas o trabalho na Assembleia Legislativa deve continuar em ritmo lento nos próximos meses. É que com o início oficial da campanha, a maior parte dos 54 deputados estaduais estará, a partir de agora, mais preocupados com sua própria reeleição para o cargo nas urnas de outubro. Além disso, o governo do Estado dificilmente vai mandar projetos mais polêmicos para a Casa nesse período, já que a disputa eleitoral tende a tornar mais instável o humor dos parlamentares, e fragilizar a maioria governista, agora dividida entre os principais candidatos ao governo.

Em alta
Grandes empresas já se movimentam para identificar as oportunidades geradas pela COPA DO MUNDO DE 2014 e a Olimpíada no RJ em 2016, de olho nos R$ 142,39 bilhões adicionais que vão girar na economia até 2014.

Em baixa
A eliminação do Brasil da COPA DA ÁFRICA DO SUL resultou em um estoque encalhado de produtos verde-amarelos da ordem de R$ 85 milhões em todo o país, entre camisetas, vuvuzelas, cornetas e outros itens temáticos.