Depois de anunciar a suspensão de editais para obras de construção de escolas, por suspeitas de fraude, o governo do Estado informou ontem que após a denúncia, o vice-governador Orlando Pessuti “convocou uma reunião do Conselho Revisor para analisar o caso”. É uma boa oportunidade para o tal conselho mostrar a que veio, já que até agora não se tem notícia de qualquer providência que o órgão, criado no final do ano passado, tenha efetivamente tomado.
Status
Aliás, não é só o Conselho Revisor requianista que não diz a que veio. A tal Secretaria de Controle Interno – criada para acomodar o presidente estadual do PV, Melo Viana – segue também sendo mais uma estrutura perdida em meio a miríade de secretarias e assessorias especiais que proliferam no governo Requião. A maioria delas sem qualquer finalidade concreta, servindo para conferir status e salários polpudos a aliados e políticos rejeitados pelas urnas.
Fora do ar
O governo poderia aproveitar para relatar também os feitos da Assessoria Especial para Assuntos de Curitiba – aquela comandada pelo presidente do PMDB da Capital, Doático Santos – e criada após a eleição de 2006, para atazanar a vida do prefeito Beto Richa (PSDB). Ontem, quem tentava acessar a página da assessoria deparava-se com uma mensagem dizendo que ela não existe.
Mal agradecido
A procuradora-geral do Estado, Jozélia Nogueira, garante que Requião só não deu o “braço a torcer” por questões políticas sobre a atuação decisiva do senador Osmar Dias na questão do fim da multa do Banestado. “O governador sabe que o trabalho do senador foi crucial. Só não admitiu publicamente por questões políticas”.
Demagogia pura
Jozélia afirma que, caso a STN não cumpra o projeto de resolução aprovado pelo Senado, saberemos que o presidente Lula (PT) não tinha intenção alguma de ajudar o Paraná a se livrar da multa do Banestado. “Agora, o presidente Lula terá a oportunidade de demonstrar se queria mesmo ajudar o Paraná. Ele já afirmou várias vezes que queria resolver a questão. Se não cumprir, saberemos que o presidente estava mentindo”.
Violência
O líder da bancada do PT na Câmara Municipal, vereador Pedro Paulo, afirmou ontem ter sido testemunha, em novembro, o espancamento de um cidadão por policiais próximo a sua Casa, e disse ter denunciado o fato ao Comando Geral da Polícia Militar do Estado. A única resposta foi de que o comando aguardaria “novas informações para que no futuro possamos instaurar um procedimento administrativo”.
Desisto
Ao defender Tico Kuzma no TRE na tarde ontem, o vereador Manassés de Oliveira (PRTB), disparou contra a coligação firmada pelo seu ex-partido (PPS) e o PFL nas eleições de 2006. “Quando anunciaram que teria a coligação, fui o primeiro a desistir de concorrer à deputado federal. Não tinha como disputar com a máquina do Abelardo Lupion”, disparou em referência o presidente estadual do DEM (ex-PFL).
Vantajosa
Mesmo depois de todas as críticas, o presidente do PPS/PR, Rubens Bueno, continua com a tese de que a aliança com o PFL foi benéfica para seu partido. “Claro que a coligação foi vantajosa. Tínhamos um contexto na época e precisávamos desta união para fortalecer a oposição”. Kuzma levantou suspeitas sobre os gastos de campanha da filha de Rubens Bueno, Renata Bueno, que foi candidata à deputada federal pelo PPS nas eleições de 2006. “Ela fez 24 mil votos e declarou gastos de R$ 11 mil”.
Em alta
Começa hoje o campeonato estadual de futebol para alegria dos torcedores que já estavam com saudades de ver a bola rolando.
Em baixa
Começou a onda de greves para desespero do governo federal. Os advogados da União, procuradores federais, do Banco Central e da Fazenda Nacional, e os defensores públicos da União decidiram iniciar greve no dia 17 (quinta-feira da próxima semana