O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Nelson Justus (DEM), afirmou ontem que a Casa não pretende adotar nenhum esquema especial durante o período eleitoral e que as sessões serão mantidas normalmente, das segundas às quartas-feiras. A sessão das quintas-feiras há tempos foram praticamente extintas e antecipadas para as quartas. Justus, porém, admitiu que, nas semanas mais próximas as eleições de outubro, dificilmente haverá quórum para votações. A Assembleia pretende iniciar o recesso no próximo dia 15. Antes disso, tem que votar a proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2010.

Capoeira
Apesar das negativas de Justus, é quase certo que na prática o Legislativo estadual funcione em um esquema de recesso branco. A sessão de ontem, por exemplo, demonstrou bem como devem ser os próximos meses. Por volta das 15h15, 33 deputados estavam registrados no painel eletrônico, mas menos de dez estavam efetivamente no plenário. A pauta também não ajudou: dos seis itens em votação, quatro eram relativos a concessão de título de utilidade pública para entidades filantrópicas; um título de cidadão benemérito; e outro criando o dia estadual da capoeira.

Fora do páreo
Pelo menos sete dos 54 deputados estaduais não vão disputar a reeleição. Rosane Ferreira (PV), Cida Borguetti (PP) e Luiz Nishimori (PSDB) vão tentar a sorte para a Câmara Federal. Pedro Ivo Ilkiv (PT), Jocelito Canto (PTB), Dobrandino Silva (PMDB) e Antonio Anibelli (PMDB) não se candidataram a nenhum cargo. Dobrandino vai tentar eleger o filho, Celso Sâmis, que migrou para o PSDB; assim como Anibelli, que lançou o filho, Antonio Anibelli Neto.

Recurso
O Ministério Público do Estado (MPE) divulgou ontem nota afirmando que não concorda com a decisão monocrática do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, que determinou a suspensão do trâmite de todos os feitos criminais relacionados a desvios de verbas com a utilização de servidores fantasmas da Assembléia Legislativa ocorridos entre 1994 e 2010. Por reconhecer incompetente o Juízo Criminal Estadual, determinou a soltura dos ex-diretores e funcionários da AL acusados de comandar o esquema que estavam presos preventivamente. No último dia 25, o procurador-geral da República, Roberto Monteiro Gurgel Santos, encampando o entendimento do MP paranaense, apresentou os argumentos Toffolli, requerendo a reconsideração de sua decisão liminar. No mesmo pedido, o procurador-geral  já formalizou o recurso para que o  caso seja submetido ao plenário do Supremo Tribunal Federal.

Concurso
As Promotorias de Justiça de Umuarama ajuizaram ação contra a prefeitura local, com pedido liminar e tutela antecipada cobrando a imediata convocação e nomeação de todos os candidatos aprovados no concurso público realizado pelo município para a contratação de pessoal para atendimento dos programas do governo federal Saúde da Família, Saúde Bucal (ESB), Farmácia Popular do Brasil e Combate ao Mosquito da Dengue, todos do Ministério da Saúde. A ação foi ajuizada em razão da expiração do prazo de validade do concurso e sua prorrogação pelo prefeito municipal, em 23 de junho, com a nomeação apenas de alguns candidatos, em detrimento de outros igualmente aprovados.

Adeus, FAS
Fernanda Richa deixou ontem a presidência da Fundação de Ação Social (FAS) de Curitiba. A partir de hoje, a ex-primeira dama dedica-se exclusivamente à campanha do marido, Beto Richa (PSDB), ao governo.

Apuracana
O prefeito de Apucarana, João Carlos de Oliveira (PMDB), oficializou ontem, em Curitiba, apoio ao candidato Osmar Dias para o governo do Paraná. Na visita a Osmar, Oliveira estava acompanhado dos também peemedebistas Valter Pegorer, ex-prefeito de Apucarana, Telma Reis, vereadora, e André Pegorer, secretário-chefe de gabinete do governador Orlando Pessuti. É uma notícia de extrema importância pela liderança do prefeito João Carlos de Oliveira em toda a região Norte. Certamente eles irão se integrar às lideranças do PDT em Apucarana, como o vereador Júnior da Femac, e fortalecer ainda mais a nossa coligação, afirmou Osmar.

180 graus
Uma das primeiras mudanças que o novo cenário de polarização da disputa eleitoral no Paraná com a confirmação da candidatura de Osmar Dias ao governo foi o novo comportamento do candidato do PSDB, Beto Richa, notado por empresários e políticos. Antes distante e pouco acessível, Richa agora vem se desdobrando em gentilezas e buscando a reaproximação com antigos aliados e parceiros. Nada como uma disputa acirrada para alterar o humor de nossos políticos.

Nome e sobrenome
Nos eventos políticos pelo interior do Estado, o governador Orlando Pessuti (PMDB) já não faz mais nenhuma força para esconder a profunda mágoa com o comportamento de seu antecessor, Roberto Requião (PMDB). Nos discursos feitos na semana passada, Pessuti culpou abertamente Requião pela derrubada de sua candidatura ao governo, em prol da aliança com o PDT de Osmar Dias e o PT. Chega a dizer que foi derrubado pelos dois silvas, em referência aos sobrenomes do ex-governador (Mello e Silva) e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que encabeçou as articulações para que Pessuti desistisse em favor de um palanque único da base governista no Paraná para Dilma Roussef.

Sucessão
Pessuti pediu ontem autorização da Assembleia para se ausentar do país entre os dias 7 a 13. Vai para a África do Sul, onde participa do lançamento da Copa do Mundo de 2014, que será no Brasil. Quem assume é o presidente do Tribunal de Justiça, Carlos Hoffmann, pois o presidente da Assembleia Legislativa, Nelson Justus, é candidato à reeleição e não poderia assumir o cargo para não ficar inelegível.

Outro chapão
PRP, PTN, PSL e PTB firmaram coligação para disputa proporcional e irão lançar 50 candidatos a deputados federais. Os petebistas, porém, não participam da chapa de candidatos a cadeiras na Assembleia, que conta com 60 nomes.

Fora
O deputado federal Alceni Guerra (DEM) desistiu de disputar a reeleição. Alceni, ao lado do ex-prefeito Cássio Taniguchi, fez parte da equipe de governo de José Roberto Arruda (DEM) no Distrito Federal. Arruda foi inclusive preso, acusado de comandar um esquema de mensalão.

Peso pesado
O presidente do PMDB/PR, deputado Valdir Pugliesi, tentou ontem desmentir a versão de que o ex-governador Roberto Requião (PMDB) levou um soco do presidente do PPS/PR, Rubens Bueno, em Campo Mourão. O Bueno teria levantado o braço tentando dar um soco no Requião. Mas o Requião é mais alto, mais forte e mais pesado que o Bueno, disse Pugliesi.

Em alta
Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada ontem aponta que os CONSUMIDORES BRASILEIROS estão mais otimistas em relação à queda da inflação, à expansão da renda pessoal, e à redução de dívidas.

Em baixa
Metade dos 1.822 municípios apontados na lista dos piores no desempenho das ESCOLAS
PÚBLICAS não atingiu a meta, apesar de
ajuda de R$ 400 milhões do Ministério da Educação.