O script é sempre o mesmo, só mudam os atores. A cada período pré-eleitoral, os dirigentes da maioria dos partidos garante que terá candidatos próprios ao governo para se cacifar. Na hora da decisão, porém, a maioria acaba embarcando em uma candidatura de outra legenda que tenha mais potencial de vitória, em troca de cargos e espaço na próxima administração.


Banco
No momento, as cúpulas do PT e do PMDB paranaenses ensaiam esta mesma pantomima. Mas nem os petistas mais empedernidos demonstram qualquer entusiasmo com as pré-candidaturas do ministro Paulo Bernardo, ou do presidente da Itaipu, Jorge Samek. Ambos só esquentam o banco até que o partido decida quem realmente vai apoiar para garantir um palanque forte para Dilma Roussef no Estado.


Corrida
No PMDB de Requião, a mesma farsa continua em curso, apesar de nos bastidores os peemedebistas não esconderem a descrença com as chances do vice-governador Orlando Pessuti em emplacar sua candidatura. A disputa agora é para saber qual lado escolher: se dos tucanos Beto Richa e Alvaro Dias, ou do PDT de Osmar Dias – os reais candidatos à sucessão de Requião até aqui.


Ressalva
A Primeira Câmara do Tribunal de Contas julgou, na sessão de ontem regular com ressalva as contas da Câmara de Vereadores de Curitiba no exercício de 2006. A causa da ressalva foi um gasto de R$ 75.617,82 para o pagamento de tíquete-refeição a servidores da Casa, repassados à empresa AB Administradora e Serviços Ltda. O relator do processo, auditor Ivens Linhares, considerou a despesa imprópria ao Legislativo, contrária ao artigo 37 da Constituição Federal, que trata do princípio da moralidade administrativa.


Tíquete
Na defesa, o presidente da Câmara no exercício de 2006, João Claudio Derosso, justificou que os tíquetes foram dados aos servidores que acompanham as sessões do Legislativo Municipal. Essas sessões são realizadas às segundas, terças e quartas-feiras. Têm início às 16 horas e, normalmente, passam das 20 horas. A justificativa legal apresentada para a concessão do benefício foi a Lei Municipal 11.650/2005, que cria um sistema de alimentação para os servidores da Câmara.



Nepotismo
A prefeita de Assis Chateaubriand, no oeste do Estado, Dalila José de Mello (PTB), entrou ontem com uma reclamação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a reintegração da filha, Tatiane Mieko Watanabe, ao posto de secretária de Saúde da prefeitura. A decisão de afastamento de Tatiane do cargo foi tomada pela Justiça da cidade com base na súmula do STF que proibiu o nepotismo.


Natureza
Ainda que a relação de parentesco entre as duas seja de primeiro grau, Dalila alega que Tatiane não ocupa um cargo de confiança, nem função gratificada, e sim um posto de natureza política. “A súmula não estabeleceu distinção quanto à natureza do cargo exercido, se de natureza política ou não”, diz na reclamação.


Em alta
O deputado estadual Tadeu Veneri pretende cobrar uma posição do Diretório Estadual do PT sobre o plano de aposentadoria especial dos parlamentares, aprovado na surdina no final do ano passado, e para o qual o governador Requião “lavou as mãos”.


Em baixa
Os deputados da Oposição cobraram, ontem, providências do governo estadual para a área de segurança pública. O líder do bloco oposicionista, deputado Élio Rusch (DEM) destacou a gravidade da situação na região Oeste do Estado.