O governador Orlando Pessuti (PMDB) demitiu ontem Stênio Jacob da presidência da Sanepar. Remanescente do governo Roberto Requião, Jacob estava na linha de tiro de Pessuti há algum tempo. Junto com ele, despede-se da estatal a diretora ambiental, Arlete Rosa. Hudson Calefe, que comandava a diretoria financeira, assume a presidência da empresa. Heitor Wallace de Mello e Silva (primo de Requião) substitui Calefe. No lugar de Heitor Wallace, que era diretor de Investimentos, ficou Eduardo Guidi. Helivelton Silveira, funcionário de carreira da Sanepar, assumiu no lugar de Arlete Rosa. Desde que assumiu o comando do estado no início de abril, Pessuti já defenestrou uma série de homens de confiança de Requião. A lista inclui nomes como Airton Pisseti (ex-BRDE), Benedito Pires (ex-secretário de Comunicação), Vera Mussi (ex-secretária de Cultura), Luiz Fernando Delazari (ex-secretário de Segurança) e Marcos Batista (ex-diretor da Rádio e TV Educativa).

Caçada (I)
O presidente em exercício do PPS do Paraná, Marcos Isfer, declarou que o partido será rígido em relação à fidelidade partidária em 2010. Ele afirmou que os diretórios municipais do partido no Paraná serão destituídos caso os dirigentes não respeitem a orientação do PPS. Segundo Isfer, o partido não permitirá apoio a candidatos de outras legendas. No PPS não existe meio apoio. Neste assunto somos radicais e não abrimos mão. É por isso que o PPS é um partido diferente, sério. As denúncias serão encaminhadas para a Comissão de Ética, alertou.

Caçada (II)
Isfer recorda que os membros do partido deverão respeitar determinações aprovadas em convenção nacional e estadual. Segundo ele, a regra vale para vereadores, prefeitos e vice-prefeitos. A prática da infidelidade pode custar mandatos ou resultar em expulsão do partido, finaliza.

Copa de 2014
Ainda sem uma solução para que Curitiba receba os jogos da Copa de 2014, o prefeito Luciano Ducci (PSB) e o governador Orlando Pessuti (PMDB) voltaram a se reunir ontem no Palácio das Araucárias. Na audiência pública da última quarta-feira na Assembleia, onde foi debatida a possibilidade da Copel entrar com R$ 40 milhões para conclusão da Arena da Baixada, não houve avanço. O Atlético acredita que os R$ 120 milhões – inicialmente orçados – já não sejam suficientes para as obras. Pelos novos cálculos, seriam despendidos R$ 200 milhões. Com isso, a estatal teria que aumentar o repasse. Nenhuma solução para o impasse foi anunciada.

Roncador
A Promotoria de Justiça de Iretama, na região central do Estado, foi noticiada nesta semana de duas condenações judiciais contra o ex-prefeito de Roncador, Joaquim Rodrigues da Silva, por ato de improbidade administrativa. No total, ele foi condenado a restituir cerca de R$ 80 mil aos cofres municipais e ao pagamento de multa. Também teve os direitos políticos suspensos por oito anos e está proibido de contratar com o poder público por cinco anos. A primeira sentença trata de pagamentos irregulares, não-documentados, feitos pelo então prefeito com recursos de convênio com a Secretaria de Estado de Educação e a Fundação de Assistência ao Estudante – FAE/MEC, no ano de 1996. A outra decisão se refere a ação ajuizada pelo próprio Município de Roncador, que acusou Silva de fraude no emprego de nota fiscal falsa para pagamento de despesas com papelaria, também no ano de 1996. O ex-prefeito pode recorrer das decisões, que foram proferidas pelo juiz Ariel Cesa Nicolai Dias.

Senhor Sorriso
Quem acompanhou o evento da última quarta-feira organizado para receber a presidenciável Dilma Roussef (PT) no Clube Concórdia garante que nunca viu o ex-governador Roberto Requião (PMDB) tão feliz. Nem mesmo a presença de um desafeto, Michel Temer (PMDB/SP), foi capaz de tirar o sorriso do rosto do peemedebista. Nos cálculos de Requião, com Osmar Dias (PDT) fora da disputa pelo Senado, sua cadeira está praticamente assegurada.
Santo de casa
Outro que estava feliz da vida era o senador Osmar Dias (PDT). O pedetista, que muito se irritou com as perguntas dos repórteres nos dias que antecederam o anúncio de sua candidatura, chegou a fazer piada com o assunto. Dias revelou que, se não fosse candidato, teria que sair de casa. Tudo porque sua mulher e suas filhas insistiam para que entrasse na disputa pelo Palácio das Araucárias.

Duplo prejuízo
Já quem não se conformou ainda com a decisão de Osmar de disputar o governo ao invés de concorrer ao Senado é o presidente estadual do PSDB, deputado Valdir Rossoni. Os tucanos contavam com a desistência do pedetista para facilitarem a vida de seu candidato, Beto Richa (PSDB), e vencer a eleição já no primeiro turno. Rossoni teve ainda um duplo prejuízo — além da questão eleitoral, perdeu apostas na qual garantia que Osmar não era candidato ao governo e que um acordo já estava fechado.

Do contra
O deputado Edson Praczyk (PRB) explicou ontem, em entrevista à rádio CBN, por que votou contra a aprovação do Projeto transparência proposto pela Ordem dos Advogados (OAB) e outras entidades. Apenas Praczyk e Jocelito Canto (PTB) foram contrários. Quero deixar bem claro que isso nada tem a ver com ser contrário à transparência nos Poderes. Sou a favor da transparência, mas o projeto é inconstitucional. A proposta tinha mais cunho de oportunismo do que objetivava dar transparência. Muito antes desta avalanche de denúncias, a Assembleia já vinha tomando algumas medidas de transparência, alegou.

Espionagem
O líder da oposição na Câmara, deputado Gustavo Fruet (PSDB), e o deputado Vanderlei Macris (PSDB/SP) protocolaram um requerimento de informações ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre a suposta quebra de sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, a serviço do grupo de inteligência da campanha da petista Dilma Roussef. Os deputados querem que o ministro forneça uma série de informações sobre os procedimentos da Receita Federal, entre elas as datas e horários de todos os acessos aos dados fiscais de Eduardo desde 2005.

Em alta
O Brasil gerou 212.952 mil EMPREGOS com carteira assinada em junho, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho. É o segundo melhor resultado para o mês desde o início da série histórica (1992), abaixo apenas do registrado em junho de 2008.

Em baixa
O Ministério Público Federal abriu uma ação de investigação eleitoral para apurar suposta prática de abuso de poder político e econômico do presidente LULA em discurso realizado no lançamento do trem-bala, na terça-feira. Na ocasião, Lula teria feito propaganda para a candidata petista à Presidência da República, Dilma Rousseff.