O presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa, deputado Mauro Moraes (PMDB), diz que, ao contrário do que foi divulgado, o aumento real no orçamento da segurança pública para 2009 é de 24%, dez pontos porcentuais abaixo do que o Executivo divulga. Para chegar aos 34%, a secretaria estadual de Segurança Pública (SESP) usou como base o acréscimo nos repasses do Tesouro Nacional, que saltou de aproximadamente R$ 934 milhões (referente a 2008) para cerca R$ 1,25 bilhões — o que resultou em um acréscimo de mais de R$ 300 milhões “A verba oriunda do tesouro é apenas uma das fontes que compõem o orçamento geral da Pasta. Para fazer o cálculo real de quanto será somado ao volume destinado à área, é preciso considerar todas as origens de recursos”, argumenta Moraes.
Segurança na mira (II)
Para 2009, o orçamento total do Estado está previsto em aproximadamente R$ 23 bilhões (receita liquida). Para a segurança, a previsão é mais de R$ 1,5 bilhão. O investimento que será feito em segurança, a partir dos repasses do Tesouro Nacional (pouco mais de R$ 300 milhões), “é muito tímido, se comparado ao aumento no orçamento total do Estado”, afirmou o parlamentar. Mauro alega ainda que esse valor já está comprometido com o pagamento de despesas do quadro pessoal da Pasta, que saltou de R$ 746 milhões para R$ 1,1 bilhão. Para saber ao certo como foram investidos os recursos da mesma fonte no orçamento anterior, a comissão vai encaminhar um oficio ao secretário de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari. “De dois anos para cá, a Pasta obteve aumento de recursos de 40% . É preciso saber como o governo usou esse dinheiro”, afirmou Moraes.
Fora
Tanto segundo turno em Ponta Grossa quanto no de Londrina, ninguém quer saber do apoio do governador Roberto Requião. Aliás, os tucanos aliados de Luiz Carlos Hauly trataram de rechaçar o suposto apoio de Requião à candidatura tucana propagado por sites e blogs.
Roupa suja
A Executiva Municipal do PT de Curitiba se reúne no próximo dia 23 para avaliar o resultado das eleições. O encontro também pretende o planejamento do trabalho e atuação do partido para os próximos meses.
Por um dia
Recém-eleito vereador, Roberto Aciolli (PV) irá realizar o sonho de qualquer estreante na Câmara de Curitiba: ser presidente. Ao menos por um dia, durante a sessão preparatória para a próxima legislatura, no próximo dia 19 de dezembro, Aciolli será o presidente, já que foi o campeão de votos da eleição 2008. Nesta data, os novatos terão que apresentar o certificado de eleito do TRE e imposto de renda.
Cobrança
O líder do PT na Câmara Municipal, vereador Pedro Paulo, confirmou que vai participar da reunião da direção estadual do partido na segunda-feira, quando Gleisi Hoffmann reassume a presidência do partido e a cúpula petista fará uma avaliação do resultado das eleições. O vereador cobrou a presença do senador Flávio Arns, que fez críticas à atuação da cúpula do partido na disputa.
Troco
Pedro Paulo diz que ainda não se conformou e quer cobrar explicações sobre o fato de Arns não ter feito campanha para Gleisi. O senador se recusou a se engajar na campanha porque, em 2006, a petista teria apoiado a reeleição do governador Roberto Requião (PMDB), já no primeiro turno, abandonando a candidatura de Arns ao governo do Estado.
Em alta
A Câmara realiza amanhã, às 13 horas, uma comissão geral no plenário sobre a crise no sistema financeiro internacional. Para debater com os deputados, virão à Casa o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
Em baixa
Entre os 24 itens da pauta da reunião que a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) realiza na manhã da próxima quarta-feira, está o Projeto de Lei do Senado (PLS) 315/08, que proíbe o uso de produtos derivados do tabaco em ambientes fechados.