A “reflexão” feita pela direção estadual do PT, na última segunda-feira, sobre os resultados do partido nas eleições municipais, não incluiu qualquer reavaliação sobre a participação no governo Requião. Segundo a presidente do partido no Estado, Gleisi Hoffmann, essa questão seria “pauta vencida”.


Subordinação
Muitos petistas, porém, não concordam com Gleisi. Para eles, o atrelamento ao governo Requião custou caro ao partido, e foi um dos fatores que motivaram o pífio desempenho da legenda na disputa por prefeituras e câmaras municipais. Além disso, afirmam, o PT se subordinou ao requinismo no Paraná, e deixou de formular um projeto próprio de poder.


Conivência
O anúncio feito pela cúpula do PT paranaense de assumir agora a bandeira contra o nepotismo, depois de passar os últimos anos fazendo “cara de paisagem” sobre o tema, também pegou mal. A sensação que ficou foi de que os caciques petistas só resolveram se declarar contra a contratação de parentes para cargos de confiança por causa da derrota eleitoral, e o desgaste gerado pela omissão adotada até então. Ou seja, se o resultado tivesse sido diferente, ou se o Supremo não tivesse proibido a prática, os petistas do Paraná continuariam sendo coniventes com esse tipo de prática.


Motivos pessoais
O presidente estadual do PDT, senador Osmar Dias, diz que não tem como punir o deputado Barbosa Neto (PDT) por ter declarado apoio a candidatura de Antonio Belinati (PP) à Prefeitura de Londrina. “Ele argumentou que não tinha como ficar neutro na disputa, porque a família pediu que tomasse partido. Neste caso é uma decisão pessoal e não há o que o partido possa fazer”, afirma Dias, que apóia a candidatura de Luiz Carlos Hauly (PSDB).


Luppi na área
O ministro do Trabalho, Carlos Luppi, atendendo a pedido do senador Osmar Dias (PDT), gravou participação na propagando gratuita de Sandro Alex (PPS), que disputa o segundo turno da eleição em Ponta Grossa. A participação de Luppi deve ir ao ar no último programa, nesta quinta-feira.


Contas públicas
A Câmara Municipal de Londrina aprovou, ontem, as contas do prefeito Nedson Micheleti (PT) relativas a 2004 e 2005. Os vereadores seguiram parecer do pelo Tribunal de Contas que recomendava a aprovação com ressalvas, que incluiam problemas em licitações para compras e contratações.


Retrocesso
A Assembléia aprovou ontem projeto do líder do governo Requião, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), que revoga lei aprovada anteriormente pela Casa que obrigava o Estado a discriminar, em cada publicidade feita pelo poder público, os gastos efetuados para o mesmo fim. O autor da lei, deputado Jocelito Canto (PTB), criticou a medida. “Se o governo fala que é transparente, então não existe razão para a lei ser revogada. Revogar a lei é voltar atrás e abrir mão de quanto se gasta em peças publicitárias pelo governo do Estado”, avaliou.


Obras
A Comissão de Fiscalização da Assembléia Legislativa investiga os motivos da paralisação de diversas obras do Governo em todo o Estado. Presidida pelo deputado Artagão Júnior (PMDB), a Comissão começa o trabalho ouvindo o secretário de transportes, Rogério Tizzot, e também o secretário de obras públicas, Júlio Cezar Filho, hoje, às 22 horas.


Em alta
Os deputados estaduais aprovaram ontem o projeto de lei, proposto pelo Governo do Estado, que estabelece a nova Política de Turismo do Paraná. O objetivo é criar um conjunto de estratégias para desenvolvimento sustentável do turismo no Estado.


Em baixa
A crise financeira global não está próxima do fim e ainda dará “muita dor de cabeça” ao país, mas já há sinais de acomodação, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta terça-feira. “Eu não acredito que a crise esteja acabando, ou esteja em vias de acabar”, afirmou Mantega.