A CPI do Grampo terminou do jeito que já se esperava – sem conclusão nenhuma. Depois de 20 dias de “investigação”, e de ouvir três depoimentos – o coordenador da Promotoria de Investigações Criminais (PIC), Paulo Kessler, o procurador Dartagnan Abilhoa, e o policial civil Délcio Razera – os deputados governistas se limitaram a cumprir tabela apresentando um “relatório” que não acrescenta nenhuma informação concreta sobre as escutas telefônicas clandestinas envolvendo políticos e empresários.


Laranja
O fim melancólico da CPI não causa nenhuma surpresa. Ela só foi criada depois das eleições pela bancada governista com o único objetivo de evitar qualquer investigação mais profunda sobre o envolvimento de membros da atual administração com a quadrilha de grampeadores supostamente liderada por Razera.


Incontestável
O coordenador da PIC, Paulo Kessler, minimizou os ataques desferidos por Razera em seu depoimento à CPI. Segundo ele, as provas contra o policial são incontestáveis e Razera apenas tenta desqualificar a investigação por saber que sua situação é difícil. “Ele é um dos principais operadores de interceptação clandestina no Paraná, servindo a pessoas importantes”, garante o promotor.



Irmão fica
Ontem o primeiro nome da equipe do segundo mandato anunciado pelo governador Roberto Requião foi justamente o do irmão Eduardo Requião. Ele afirmou com todas as letras, na noite de quinta-feira, que o irmão permanecerá  na superintendência dos Portos do Paraná durante o próximo governo.


TV Assembléia
No balanço de seu mandato como presidente da Assembléia Legislativa, o deputado Hermas Brandão (PSDB) confessou que pretendia deixar a Casa de contrato assinado com a vencedora da licitação para TV Assembléia, neste final de ano.  Em tempo. O atraso se deve a uma liminar  obtida na justiça pela empresa licitante classificada em sexto lugar entre as sete concorrentes sob a alegação de que deveria ter havido prazo maior na apresentação das propostas.As obras no espaço que será ocupado pela TV Assembléia já estão concluídas.


Coerência
O desfecho antecipado da disputa pela presidência da Assembléia em favor do pefelista Nelson Justus evidenciou a falta de coerência partidária do PMDB. O partido elegeu 16 deputados – a maior bancada – e tinha tudo para emplacar o cargo. O problema é que a disputa interna é maior do que o interesse partidário.


  
Do contra

O deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR) criticou na sexta-feira a decisão tomada pelas Mesas Diretoras da Câmara e do Senado, que aprovaram a equiparação do salário dos parlamentares aos vencimentos dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), de R$ 24,5 mil.  “Vou propor que a bancada discuta um recurso contra a decisão da cúpula do Congresso, para que o reajuste venha a ser debatido no plenário.”, prometeu.


Marcação cerrada
O candidato a presidente do diretório estadual do PMDB, Renato Adur, tentou convencer mais uma vez o vereador José Roberto Sandoval (PSC) a trocar de partido. Nas últimas vezes Sandoval escondeu o jogo. Mas agora respondeu que se Adur vencer a corrida pela presidência do partido do governador Roberto Requião, poderá trocar de partido.


Em alta
Os deputados federais paranaenses Osmar Serraglio (PMDB) e  FLORISVALDO FIER (PT) tomou posse anteontem como deputado do Parlamento do Mercosul. Ele é um dos 18 parlamentares brasileiros que integrarão o grupo e o único representante do PMDB.


Em baixo
O curso de reciclagem aplicado pelo Detran, para os motoristas que possuem a  carteira suspensa, entrará em recesso devido às festas de final de ano. O recesso começa no dia 23 de dezembro e vai até 15 de janeiro. Justamente, quando o povo está de férias e pode freqüentar o curso.