Publicamente, o líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), tem se esforçado para defender a proposta de reforma tributária de Requião. Reservadamente, porém, o peemedebista já admite que a iniciativa representa mais um “tiro no pé”.


Desgaste
O raciocínio de Romanelli é pragmático. Se como o próprio governo diz, as mudanças no ICMS não representam aumento de arrecadação, não faz sentido comprar briga com os segmentos produtivos que serão prejudicados pelas alterações – como micro e pequenos empresários – e passar pelo desgaste de enfrentar mais essa polêmica.


Resistência
Dentro da base governista, é cada vez maior a resistência ao pacote tributário. A avaliação geral é de que não faz sentido mudar alíquotas de impostos, ainda mais aumentando o peso da carga sobre setores como gasolina, energia elétrica, e telefonia, no momento em que o mundo atravessa uma grave crise, de consequências ainda difíceis de se mensurar.


Promoção
 A Promotoria de Justiça de Cândido de Abreu, na região central do Estado, entrou ontem com uma ação civil pública por improbidade administrativa contra o prefeito da cidade, Richard Golba. O Ministério Público acusa Golba de usar dinheiro público para promoção pessoal, nas últimas eleições, com a produção e distribuição na cidade de um jornal destacando seus supostos feitos. Golba foi reeleito. O MP quer a devolução dos R$ 1.680,00 gastos no jornal e a cassação do prefeito.


Boca no trombone
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures, entregou ontem  ao presidente Lula, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da presidência da República, um documento no qual pede ao governo um plano de enfrentamento da crise financeira que atenda a economia com um todo. Para Rocha Loures, o Brasil ainda não tem um plano estratégico que possa apoiar todos os setores econômicos do país. “É preciso adotar um tratamento sistêmico para, no mínimo, reduzir os impactos econômicos que certamente atingirão o nosso País”, destaca o presidente da Fiep.


Novas prisões (I)
O Paraná, assim como Minas Gerais e Rondônia,  devem ser os próximos estados a firmar convênios para a construção dos presídios especiais para mulheres e jovens adultos (18 a 24 anos). As prisões serão custeadas pelo  Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).


Novas prisões (II)
As unidades terão espaço para profissionalização e cursos educacionais aos apenados, além de alas de saúde. Nos presídios femininos, as gestantes e mães terão à disposição espaços para cuidar de seus bebês, por exemplo. – Há um hábito no Brasil de que os municípios não gostam de receber presídios. O Pronasci está mudando esta cultura, com as unidades especiais – afirmou o ministro.


Em alta
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) aprovou a expedição de uma recomendação aos chefes dos Ministérios Públicos para que utilizem os meios judiciais e extrajudiciais a fim de invalidar atos que propiciem a redução da receita corrente .


Em baixa
O deputado Reni Pereira (PSB) levantou uma questão que pode comprometer ainda mais a minirreforma tributária proposta pelo governo Requião. Empresas do setor supermercadista estariam quitando débitos de ICMS com precatórios.