Em Foz do Iguaçu para encontro com prefeitos e governadores do Mercosul, na sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu que a crise econômica e a provável recessão que virá a reboque devem ser combatidas com o aumento dos investimentos públicos. Para Lula, reclamar ou alimentar o pânico causado pelo colapso do sistema financeiro internacional não irá combater os prováveis efeitos da crise sobre a economia dos países emergentes.
Remédio
Lula – que foi acusado de minimizar os efeitos da crise, se defendeu. “Fico imaginando, se eu fosse médico, essas pessoas estariam a exigir de mim, quando fosse visitar um paciente no hospital, que em vez de dizer para ele tomar o remédio e se cuidar, eu dissesse que ele ia morrer, que não tem salvação”, ironizou.
Abertura
Já o governador Roberto Requião (PMDB), de volta ao Estado depois de dez dias em viagem aos Emirados Árabes e ao Japão, defendeu no mesmo encontro em Foz a quebra das barreiras alfandegárias que existem entre os Estados do Sul e os países de fronteira – Paraguai, Argentina e Uruguai. Segundo ele, com algumas compensações para os setores afetados seria possível viabilizar uma abertura semelhante à já existente no Mercado Comum Europeu.
Obras paradas
A Comissão de Fiscalização da Assembléia Legislativa ouve na próxima terça-feira o secretário de Estado de Obras Públicas, Júlio César de Araújo Filho. Ele deve apresentar a relação de obras que estão paralisadas no Estado, e explicar os motivos.
Cadastro
Segundo o deputado Artagão Júnior (PMDB), presidente da comissão, a relação inicial de obras com irregularidades já aumentou bastante desde que o problema foi levantado. Com os dados em mãos, os parlamentares devem discutir o que fazer para combater o problema. Uma das propostas é a criação de um cadastro informatizado com a relação das empreiteiras inadimplentes com o governo.
Audiências
A deputada Cida Borghetti (PP) está pessoalmente empenhada na organização da audiência pública que acontecerá em Maringá para debater a reforma tributária proposta pelo governo do Paraná. A audiência será na Associação Comercial de Maringá no dia 20 de novembro. A proposta prevê diminuição de 18% para 12% a alíquota do ICMS de 95 mil bens de consumo popular. No entanto, o pacote de reforma aumenta o imposto de outros produtos e serviços como gasolina, cigarros, telecomunicações, energia elétrica e bebidas.
Bate
O PT voltou a bater nos governadores – Requião incluso – que recorreram ao Supremo Tribunal Federal contra o piso nacional salarial de R$ 950,00 dos professores da rede pública. E desta vez as críticas vieram de Brasília. A líder do partido e do governo Lula no Senado, Ideli Salvatti (SC), afirmou na sexta-feira que eles “esperaram passar as eleições para argüir a inconstitucionalidade do piso salarial dos professores”, o que teria evidenciado o caráter político da iniciativa. Ideli também convocou as assembléias legislativas estaduais.
Nome aos bois
O líder petista não poupou os cinco governadores que encabeçam a ação. “Precisamos dar os nomes dos governadores e de seus partidos que assinam a Adin e aqueles que não assinaram mas insulflaram e mostrar para o Brasil quem é favor das crianças e da educação”, afirmou
Em alta
A reforma completa da Rua 24 Horas começará em janeiro de 2009 e será feita com recursos orçamentários da Prefeitura de Curitiba e da Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs), empresa municipal que gerencia equipamentos urbanos, porque a iniciativa privada não quis.
Em baixa
Integrante da CPI dos Grampos da Câmara, o deputado federal paranaense Gustavo Fruet (PSDB) classificou como um precedente perigoso a quebra de sigilo telefônico de jornalistas que acompanharam as prisões de investigados pela Operação Satiagraha.