A pauta da Assembleia Legislativa anda esvaziada nos últimos dias. Na sessão de ontem, por exemplo, pouco mais de uma dúzia de parlamentares estavam no plenário, apesar de 34 terem registrado presença no painel. Em meio ao clima tenso da política local, os deputados parecem pouco interessados em levantar discussões polêmicas. E acompanham com preocupação os desdobramentos do episódio envolvendo o PRTB e o prefeito Beto Richa (PSDB), que pode ter consequências imprevisíveis para o quadro de candidatos e alianças na disputa eleitoral do ano que vem.

Frustração
Entre os mais preocupados estão os deputados do PMDB que sonhavam com uma coligação em torno da candidatura de Beto Richa ao governo. Eles temem agora que o PSDB acabe desistindo de candidato próprio para retomar a aliança com o PDT do senador Osmar Dias, frustrando assim os planos do partido de Requião e de seus parlamentares de pegar uma carona na popularidade do prefeito curitibano.

Longe de tudo
O vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) e o senador Osmar Dias (PDT), por sua vez, seguem firme nas pré-candidaturas ao governo. Os dois seguem extensa agenda todos os finais de semana, além de entrevistas. É esperar para ver.

Retiro
O prefeito Beto Richa (PSDB) fica longe dos holofotes no final de semana. Ele vai para Ivaiporã, no Vale do Ivaí, onde ministrará palestra sobre “Gestão Pública – A experiência de Curitiba”, na Faculdade Univale. O evento é voltada aos prefeitos, vereadores e lideranças. Segundo a assessoria do prefeito, ele passa o final de semana no interior, visitando políticos aliados, amigos e parentes.

Na área
Se não tomar cuidado, Beto Richa esbarra com a presidente do Partido dos Trabalhadores do Paraná, Gleisi Hoffmann. Ela também anunciou ontem que pretende viajar pela região “tratando de assuntos referentes à organização do partido”. Leia-se: preparando o campo para eleições de 2010, quando ela pretende ser candidata ao Senado.

Caso Carli
Pressão
A família de Gilmar Rafael Yared, que morreu no acidente de carro envolvendo o ex-deputado estadual Fernando Ribas Carli Filho (sem partido), fez novo apelo ontem. Depois de conseguir mobilizar a sociedade em torno do caso, o que deixou o ex-parlamentar sem saída, tendo que renunciar o cargo e a filiação de seu antigo partido (PSB), agora os parentes da vítima se concentrarão em fazer com que nenhuma agremiação partidária o aceite como filiado. Isso ocorre um dia depois que o pai do ex-deputado, Fernando Ribas Carli, que é prefeito de Guarapuava, dizer que o filho é novo e que pode retornar à política.

Registro
Só para registrar, Carli Filho tem 27 anos. Quando foi eleito, em 2006, tinha apenas 24 anos.

Fumo (I)
A decisão da Justiça paulista que concedeu liminar contra a lei que baniu o fumo em recintos públicos de uso coletivo adotado por São Paulo colocou em dúvida a proposta semelhante em discussão na Assembleia paranaense. O presidente da Casa, deputado Nelson Justus (DEM), prevê que o projeto deve gerar bastante polêmica, por isso, quer discuti-lo em detalhes antes de colocá-lo em votação.

Fumo (II)
Projeto do vereador Tico Kuzma (PSB) que proíbe o consumo de cigarros em recinto fechado público ou privado avança na Câmara de Curitiba. Parecer da proposta foi aprovado também pela Comissão de Educação e Cultura do Legislativo. Agora, a matéria segue ao plenário, mas não há data prevista.

Agenda
O carnaval em Curitiba será tema de um seminário da Câmara Municipal de Curitiba, hoje.  A proposição é do vereador Jair Cézar (PSDB), presidente da Comissão de Legislação, Justiça e Redação.O presidente da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), Paulino Viapiana, ao lado da presidente do Instituto Municipal de Turismo, Juliana Vosnika, participará do seminário.

Em alta
A Comissão de Urbanismo e Obras Públicas da Câmara de Curitiba não para no recesso parlamentar que começa no próximo dia 1º de julho. É que já estavam marcadas diversas reuniões  e elas serão mantidas.

Em baixa
Foi apresentando ontem na Assembleia Legislativa  Projeto de Lei  para estruturação e organização de Defensoria Pública do Estado do Paraná, criada em 1991 e ainda sem regulamentação. Hoje, a Defensoria ainda sofre sem advogados.