O Ministério Público Federal informou ontem que o governador Roberto Requião continua proibido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região de praticar atos que impliquem em promoção pessoal, ofensas à imprensa, adversários políticos e instituições, utilizando indevidamente programas, propagandas ou comerciais veiculados pela Rádio e Televisão Educativa, em especial da “escolinha”. O MPF afirmou que vai recorrer da decisão da juíza Federal Tani Maria Wurster, revelada ontem por reportagem do Jornal do Estado, que considerou a Justiça Federal incompetente para analisar a ação.
Garganta
Requião voltou a “gargantear” na “escolinha” de terça-feira a suposta transparência de seu governo, mas a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que ele mandou para a Assembléia Legislativa que obriga os três poderes a abrirem seus gastos com cartões corporativos e verbas de gabinete não andou um milímetro. A PEC continua engavetada pela Mesa Executiva, com a conivência dos deputados da base de Requião, que também não mexeram uma palha para colocá-la em votação.
Pilatos
O presidente da Assembléia e aliado de Requião, deputado Nelson Justus (DEM), continua afirmando que não tem pressa nenhuma em colocar a PEC – que só foi proposta por Requião depois que a Justiça o obrigou a entregar os dados sobre os gastos de sua administração com cartões corporativos. E o líder do governo na Assembléia, deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), “lavou as mãos”, afirmando que não pode fazer nada, já que a decisão sobre colocar ou não a proposta em pauta é da Mesa Executiva.
Arisco
O líder do governo na Assembléia, aliás, anda arisco com a imprensa. Ontem, questionado sobre a demissão de Francisco Alpendre do cargo de diretor jurídico do Paraná Previdência, recusou-se a comentar o assunto.
Bravata
A verdade é que a PEC de Requião não é levada à sério nem na bancada governista, que a vê apenas como mais uma bravata do governador, em retaliação às decisões da Justiça. Além disso, os deputados da base requianista não estão nem um pouco interessados em divulgar seus gastos de gabinete, por razões óbvias.
Duas caras
Curiosamente na mesma terça-feira em que Requião cobrava transparência, na “escolinha” dos demais poderes, os deputados da base parlamentar do governador rejeitavam, horas depois no plenário da Assembléia, requerimento apresentado pela oposição que pedia informações sobre a situação financeira da Cohapar. É o velho estilo requianista do “faça o que eu digo, não o que eu faço”.
Fora do páreo
A ex-deputada federal Dra Clair (PSOL) anunciou ontem que desistiu de concorrer à prefeitura de Curitiba. Sem entrar em detalhes, Clair, que havia trocado o PT pelo PMDB de Requião e depois pelo PSOL de Heloísa Helena, alegou apenas “motivos” pessoais para a desistência.
PPS reunido
A cidade de Curitiba sedia a partir de amanhã uma série de eventos do PPS que marcam a reta final da preparação do partido para a disputa eleitoral deste ano. Estarão presentes pré-candidatos da legenda às prefeituras de São Paulo, Curitiba, Recife, Vitória, Maceió, Montes Claros, Guarulhos e de outras cidades do país. Participam do encontro o presidente nacional do PPS, ex-senador Roberto Freire, o líder do partido na Câmara, deputado Fernando Coruja, o secretário-geral do partido, Rubens Bueno, e os titulares e suplentes da Comissão Executiva Nacional.
Jóquei de Londrina
Foi eleita na semana passada a nova diretoria do Jóquei Clube de Londrina para o próximo biênio. Marcos Medeiros de Albuquerque foi eleito presidente do Conselho Diretor. O vice-presidente da chapa vencedora é Alberto Pansolin. Haroldo Marçal presidirá o Conselho Consultivo e Maria Regina Ninno Muniz, o Conselho Fiscal. Nos planos da diretoria, uma nova sede.
Em alta
O prefeito de Piraí do Sul, Valentim Milléo (PMDB), é o novo presidente da AMP (Associação dos Municípios do Paraná). Ele tomou posse ontem, em substituição ao prefeito de Castro, Moacyr Elias Fadel Junior (PMDB), que se desincompatibilizou do cargo para disputar um novo mandato .
Em baixa
A relação dos professores da rede estadual co o governo está cada vez mais tensa, Ontem, a APP-Sindicato reclamou porque o governador Roberto Requião não recebeu a categoria e o governo não deu um posicionamento sobre a pauta de reivindicações da categoria .