Vingança
Como já se esperava, a entrega da proposta de Orçamento do Estado para 2008 confirmou que o governo Requião pretende reduzir as verbas do Ministério Público Estadual. Tudo por conta da briga deflagrada pelo governador depois que o MP resolveu, após mais de um ano de enrolação, cobrar na Justiça a demissão de seus parentes, pendurados em cargos de confiança do Estado.


Intimidação
A atitude de Requião representa uma afronta às conquistas da sociedade brasileira, que tem no Ministério Público, o guardião da lei e da moralidade. Como o peemedebista não admite qualquer tipo de contestação da sua conduta, e despreza os princípios democráticos, não se envergonha de usar o poder que lhe foi delegado para atingir uma instituição fundamental como o MP, intimidando promotores e procuradores.


Anunciada
A proposta de orçamento vai agora para a comissão responsável pelo tema na Assembléia, e deve ser votada em plenário até o final do ano. Como a maioria “bovina” governista aprova qualquer coisa que Requião manda para Casa, não há dúvidas de que o corte nos recursos do MP vai passar.


Saída
O líder da oposição na AL, deputado Valdir Rossoni (PSDB), afirmou ontem que a Justiça é a única saída para defender os paranaenses das sandices e da irresponsabilidade de Requião. Ele citou como exemplo a decisão da juíza Leonor Bisolo Severo, que condenou o governo do Estado a pagar multa de R$ 18 mil por dia caso não faça melhorias na segurança pública da comarca de União da Vitória, que inclui os municípios de Bituruna, Cruz Machado, General Carneiro, Paula Freitas, Paulo Frontin e Porto Vitória. Segundo o tucano, a situação na região de União da Vitória é caótica. A comarca tem apenas dois delegados, as cadeias estão superlotadas e o Instituto Médico Legal não tem condições de fazer todos os exames necessários. Não por acaso, a decisão da juíza foi dada em resposta a uma ação movida pelo Ministério Público. A multa deve começar a ser cobrada em outubro, caso não sejam cumpridas as exigências.


Recurso
A procuradora-geral do Estado, Jozélia Broliani, se reúne hoje com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie, para apresentar recurso contra medida cautelar concedida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao consórcio Dominó, proprietário de 39,7% das ações da Sanepar. O recurso tenta reverter a derrota sofrida pelo governo Requião na briga judicial contra o consórcio, que conseguiu derrubar a anulação do pacto de acionistas, determinado pelo governador.


Tumulto
Não é só o Ministério Público Federal (MPF), que entrou com ação na Justiça, que está preocupado com a ocupação do MST na rua Dr Faivre. O deputado Ney Leprevost (PP-PR) pediu ao Governo do Paraná que seja garantido, através dos órgãos competentes, o “direito de ir e vir” dos cidadãos curitibanos. O parlamentar cobrou do governo estadual a relocação dos sem terra que estão acampados no centro da cidade, entre as avenidas Sete de Setembro e Visconde de Guarapuava para outro local onde não sejam criados transtornos para pedestres, motoristas, comerciantes e comerciários. “O direito de manifestação é livre no nosso país, mas desde que não sejam criados transtornos”, afirma Ney.


Em alta
O plenário do Senado Federal aprovou na noite de quarta a contratação de um financiamento, pela Prefeitura de Curitiba, de R$ 18,5 milhões (US$ 10 milhões) com o Fundo de Desenvolvimento para a Bacia do Prata (Fonplata).


Em baixa
Junto com ex-procurador-geral do Estado, Sérgio Botto de Lacerda, que posse hoje como presidente do Conselho de Administração da Paraná Previdência,toma posse advogado Geraldo Serathiuk, ex-delegado regional do Trabalho, como conselheiro, que batalhou pelo cargo.