A Assembléia Legislativa deve votar nesta semana em segundo turno, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que acaba com o voto secreto em todas as matérias discutidas pela Casa. Atualmente, o voto é secreto para questões como vetos do governador a projetos aprovados pelo Legislativa, processos de cassação de parlamentares, e indicações para o Tribunal de Contas.
Vacina
O fim do voto secreto ganhou corpo na Assembléia na esteira do escândalo do mensalão, quando a maior parte dos parlamentares envolvidos foram absolvidos na Câmara Federal graças ao anonimato da votação dos processos. A avaliação é de que sem a proteção do sigilo, os deputados não teriam como justificar essas absolvições e a impunidade de seus pares.
Gaveta
Ao mesmo tempo em que avança na questão do voto secreto, a Assembléia continua mantendo na gaveta outra medida modernizadora – a redução do período de recesso parlamentar de 90 para 55 dias ao ano. No início de 2006, o Congresso aprovou a mudança, junto com o fim do pagamento pelas convocações extraordinárias. Aqui, a Assembléia prometeu fazer o mesmo, mas desde então, silenciou sobre o assunto na esperança de que ele fosse esquecido, o que efetivamente aconteceu. A verdade é que boa parte dos 54 deputados estaduais não quer reduzir o recesso.
Titãs
O encontro com do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o governador Roberto Requião (PMDB), que apesar de “aliados” evitaram se encontrar durante toda a campanha eleitoral no segundo turno, já tem data marcada. Será entre 16 e 19 de novembro em Florianópolis, Santa Catarina. Neste dias, Lula pretende se reunir com os sete governadores peemedebistas para definir as parcerias e o apoio. O encontro será marcado por uma reunião conjunta e outra em particular com cada um dos governadores. A única coisa que Requião já sabe é que vai criticar a política econômica e pedir mudanças.
PPS
A bancada atual e a eleita do PPS se reúne hoje com a direção estadual do partido. Na pauta, o balanço das eleições e a definição do papel da bancada na Assembléia Legislativa. Ou seja, oposição ferrenha a Requão.
.
Acomodações
Passadas as eleições, começam as acomodações partidárias, que não serão poucas. O candidato a vice-governador na chapa encabeçada pelo senador Flávio Arns (PT), Vitor Hugo Burko, está de malas prontas para deixar o PL. Ele contrariou a orientação da cúpula partidária e decidiu apoiar a candidatura à reeleição do governador Roberto Requião (PMDB). O destino pode ser o PMDB ou o PT —
Olho por olho
A insistência do governador Roberto Requião de colocar o assessor especial Doático Santos para fiscalizar parcerias com as prefeituras — mais especificamente a Prefeitura de Curitiba, pode lhe custar caro. O líder da oposição na Assembléia Legislativa, deputado estadual Valdir Rossoni (PSDB), disse que vai nomear uma comissão para fiscalizar as obras das rodovias alternativas ao pedágio que o Governo do Estado pretende fazer. Olho por olho.
Em alta
O GOVERNADOR EM EXERCÍCIO HERMAS BRANDÃO deverá indicar os ocupantes das principais ou estratégicas secretarias de Estado, entre elas a Comunicação e o Transporte. Se o PT demorar muito para se decidir, pode ficar sem nenhuma.
Em baixa
O processo de cassação do mandato do deputado federal JOSÉ JANENE (PP), acusado de receber o mensalão, deve entrar na pauta do plenário da Câmara dos Deputados na próxima semana. Do mandato mesmo, ele pode perder um mês. Mas vai ficar oito anos sem poder se candidatar.