CRUZMACHADO
Divulgação

Lançado em 2018, o livro teve sua primeira e segunda impressões (2021) esgotadas poucos meses após os lançamentos, e agora será impresso sob demanda pelo Clube dos Autores e disponibilizado pela Amazon, oportunizando sua compra a todos os interessados em saber um pouco mais sobre o Lado B da vida noturna de Curitiba.

O autor, graduado em jornalismo e Direito pela PUCPR, decidiu proporcionar uma nova edição do livro por acreditar que, atualmente, as narrativas sobre Curitiba são predominantemente ligadas à propaganda oficial, faltando oportunizar histórias autênticas e que falem sobre a cultura popular:

“Quando lancei o livro da Cruz Machado em 2018, fizemos o lançamento no restaurante Gato Preto e contamos, felizmente, com grande apoio da imprensa na divulgação. A Cruz Machado sempre fez parte do imaginário popular de Curitiba, conhecida como o principal local do Lado B da noite na cidade, mas quando se fala em Curitiba, nem sempre é conveniente admitir que este tipo de ambiente faz parte da nossa cultura. Então foi muito interessante ver como os meios de comunicação, principalmente os jornais que antigamente tinham este vínculo maior com o Centro e as editorias mais populares, abraçaram a ideia e noticiaram o lançamento da obra. Agora, no entanto, percebo que a maioria dos discursos sobre Curitiba, corrobora de maneira unilateral com a reafirmação da ideia de cidade comportada, vinculada ao discurso oficial, o que pode trazer apagamentos sobre as narrativas populares, memórias festivas e ao que contraria a imagem idealizada de Curitiba. Portanto, como o livro foi um sucesso quando lançado e estava difícil de encontrar exemplares, achei um bom momento de lançar uma nova edição e oportunizar sua compra diretamente pela Internet”.

O livro traz uma narrativa sobre a história da Rua Cruz Machado, que foi o principal ponto do submundo da noite de Curitiba até alguns anos atrás, com alguns destes elementos persistindo até os dias de hoje. O autor comenta sobre os personagens que trabalharam nos bastidores das boates e casas noturnas, bem como entrevistas com os mesmos, explicando qual era a ambientação do Lado B da noite curitibana. Ao longo da narrativa, são explicadas histórias de lugares como a Metrô Club Show, Lidô, Gato Preto, entre outros, em uma leitura dinâmica e fluída, que busca dar ao leitor a sensação de passear pela Cruz Machado e conhecer um lado do que pouco se fala de Curitiba. A nova edição conta com comentários do autor, explicando que a obra tem o intuito de ser um registro histórico e narrativo sobre o Lado B da vida noturna da capital do Paraná.

“Desde que lancei a primeira edição, fui questionado sobre tantos outros locais e pessoas que acabaram ficando de fora deste breve livro e da história da Rua Cruz Machado. No entanto, este livro não tem o foco predominantemente documental ou de explicar uma cronologia completa da construção da Cruz Machado, mas, sim, narrativo e subjetivo: meu desejo é que quem o ler, sinta-se como se estivesse fazendo um passeio pela Cruz Machado e sentindo a vibe que o lugar teve, com base em fatos e entrevistas reais”.

Onde comprar?

O livro pode ser encontrado no Clube dos Autores, neste link:  https://clubedeautores.com.br/livro/cruz-machado. A nova edição foi realizada pela editora Mundiarte. André Rogal Wuicik também é autor do livro “Túneis de Curitiba – Verdades e Mitos sobre os Subterrâneos da Capital Paranaense (Editora do Chain)”.

Novos trabalhos

Atualmente, o autor André Rogal Wuicik trabalha em um projeto que contará sobre o desenvolvimento da legislação em Curitiba e o impacto que as leis tiveram nos apagamentos históricos e culturais na capital do Paraná, desde o período Colonial até os primeiros anos da Primeira República.

Muitos acreditam que Curitiba foi um grande vazio demográfico sem importância e que somente a partir da chegada dos imigrantes europeus passou a se desenvolver e supostamente se diferenciar do resto do país.Esta narrativa, no entanto, não responde por que uma cidade que é mais antiga do que várias outras do Sul do Brasil não possui um passado histórico conhecido? Por que todos os elementos que constroem a identidade cultural e os mitos curitibanos só aparecem a partir do final do século XIX e se desenvolvem com base na imigração europeia e do urbanismo?

Este novo livro, chamado “Era uma vez em Curitiba – Um estudo sobre a exclusão da cultura sulista na capital paranaense pela perspectiva do Direito Penal do inimigo”, procura explicar estas questões, por meio de um estudo histórico e interpretativo do desenvolvimento da legislação curitibana e paranaense. O autor tem o propósito de instigar o leitor a entender como se deu a construção de uma identidade curitibana, desconectada do passado campeiro de seus primeiros povoadores, que só foi possível pela força – e interesse – do Estado e suas leis. A obra deve ser lançada nos próximos meses.