A pioneira Branca de Jesus Camargo Vieira, que foi primeira-dama de 1960 até 1964 e de 1977 a 1982, se destacando como legítima defensora das classes sociais menos favorecidas ao lado do marido João Paulino Vieira Filho, foi homenageada na Semana Internacional da Mulher. Escolhida por “ter uma vida inteira dedicada à promoção e resgate da dignidade”, segundo a secretária da Cultura, Flor Duarte, Dona Branca recebeu homenagem ontem (quarta-feira,7), representando as mulheres maringaenses.
     Na ocasião, o prefeito Silvio Barros destacou a importância das mulheres no desenvolvimento de Maringá, lembrando que apenas uma foi escolhida para ser homenageada representando todas. “Espero que as mulheres maringaenses se sintam homenageadas”.
A secretária da Cultura, Flor Duarte, explicou que neste ano, em que Maringá completará 60 anos, “os olhares estarão voltados aos pioneiros”. Outras comemorações também serão realizadas no decorrer da semana, organizadas pela Secretaria da Mulher de Maringá.
     Dona Branca chegou em Maringá em 1954, quando estava com 30 anos de idade e a Cidade Canção tinha apenas 7 anos. Como toda pioneira, a normalista teve de enfrentar dificuldades e superar obstáculos, até se tornar uma das primeiras professoras concursadas do recém-criado Instituto Estadual de Educação.
     Mãe de três filhos e educadora carismática, foi na condição de primeira-dama que Dona Branca Vieira viabilizou a fundação da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais e de outras entidades que até hoje representam valor indiscutível para a sociedade maringaense.
     A exemplo da comunidade beneficiada, as ações sociais e o nível de conduta ética e moral de dona Branca Vieira são motivo de reconhecimento e admiração da sociedade, especialmente das pessoas que conviveram com ela os anos marcantes de sua atuação na vida pública.