
O desembargador Gilberto Ferreira, do Tribunal Regional Eleitoral, derrubou ontem (30) a liminar que impedia que Ogier Buchi (PSL) fizesse campanha ao governo do Paraná. A liminar havia sido pedida pelo próprio PSL e pelo Patriotas, que faz parte da coligação. No despacho de ontem (30) (veja a íntegra), o desembargador acatou parcialmente o mandado de segurança, permitindo a campanha. Isso inclui a participação em debates e veiculação do programa no horário eleitoral gratuito. Apesar disso, o despacho pede que o recurso seja analisado pelo Pleno do Tribunal. A medida que autoriza a candidatura é provisória e ainda pode ser alterada.
O diretório estadual do PSL, a pedido da Executiva Nacional, que teria seguido orientação do presidenciável Jair Bolsonaro, não quer mais ter candidato ao governo no Paraná. Mesmo assim, Ogier fez o registro no TRE por conta própria.
No mês passado, o tribunal decidiu por não aceitar a candidatura sem o aval do partido. Na sexta-feira, o juiz Jean Carlo Leeck determinou que o político parasse de participar de qualquer ato de campanha como candidato. Isso impediu que ele participasse do debate da RIC-TV na semana passada.
Quando Ogier teve a candidatura indeferida por unanimidade no TRE, ele recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral, com embargos de declaração, que é um pedido de esclarecimento. O juiz que concedeu a liminar considerou que o indeferimento da candidatura é irreversível. Apesar disso, o desembargador entendeu que o dano de impedir a campanha antes do julgamento de te todos os recursos é irreparável na última semana antes da eleição.
isse que a presidente do PSL no Paraná, Flávia Francischini, apresentou o pedido ao TRE com a orientação do marido, o candidato a deputado estadual Fernando Francischin, que não comentou o caso. A assessoria dele informou apenas que a decisão de não lançar candidato próprio ao governo do Paraná foi uma orientação da executiva nacional do PSL. Ogier Buchi é o único entre os dez candidatos ao governo do Paraná que teve a candidatura indeferida.