SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O MPE-SP (Ministério Público Eleitoral de São Paulo) ingressou com uma representação contra o empresário e candidato a deputado federal Oscar Maroni, do Pros.
O órgão entendeu que os vídeos de sua propaganda eleitoral veiculados em redes sociais fazem apologia à prostituição, expõe as mulheres como mercadorias e em situação degradante, além de Oscar mencionar seus estabelecimentos.
O MPE solicita a retirada imediata dos vídeos do ar e que o candidato seja proibido de divulgar e publicar esses materiais.
À reportagem, Oscar Maroni disse que ainda não vai retirar os vídeos do ar. "Por enquanto, é uma representação. Você sabe o que é uma representação? Este tipo de campanha é o meu perfil, a forma usada para conquistar os votos do meu público".
Apesar da insistência em manter o material no ar, a defesa de Maroni recorreu. Questionado, ele afirmou que as mulheres que aparecem na peça publicitária não receberam cachê para tal. "Foi feito o convite e elas aceitaram. É liberdade de expressão. Eu defendo o livre arbítrio da mulher expor o corpo como ela quiser", diz Maroni.
O candidato, que afirmou várias vezes respeitar a mulher, tem entre as propostas do plano de governo a liberdade de expressão, direitos iguais para homens e mulheres e transformar a corrupção em crime hediondo.
Em 2008, o empresário, conhecido como 'Magnata do Sexo', concorreu às eleições para vereador pelo PTdoB, mas não foi eleito.
Polêmico também quando o assunto é política, em abril deste ano, Oscar Maroni, 67, formado em psicologia e proprietário do Bahamas Club, cumpriu a promessa de distribuir cerveja grátis caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fosse preso. Ele gastou R$ 3.200,00 na compra da cerveja e informou que recebeu como doação da cervejaria mais R$ 3.000,00 em bebida.