
A confusão entre torcedores organizados do Cruzeiro e do Coritiba (em sua maioria ligados às torcidas Império Alviverde e Máfia Azul) rende as primeiras punições aos envolvidos no episódio. Na manhã desta segunda-feira (13 de novembro), a Polícia Militar do Paraná (PMPR) e o Ministério Público do Paraná (MPPR) divulgaram uma nota conjunta à imprensa, revelando algumas medidas que já estão sendo tomadas acerca do acontecido.
A primeira delas é a suspensão imediata do laudo de segurança para a utilização da Vila Capanema, até que as condições de segurança e utilização do estádio sejam reavaliadas. Isso significa que o espaço fica impedido de receber partidas de futebol e outros eventos, ao menos até segunda ordem. Além disso, também foi definido que, de agora em diante, quando houver qualquer situação de violência com danos nos estádios no estado, este laudo de segurança será suspenso.
Um inquérito civil também foi aberto pelo MPPR em relação à torcida organizada Império Alviverde e ao Coritiba Foot Ball Club para a devida apuração de responsabilidades. Os torcedores organizados também ficam impedidos de adentrar os estádios no Paraná com vestimentas que os identifiquem e não poderão carregar materiais como mastros e baterias. No caso das torcidas organizadas do Cruzeiro, os fatos estão sendo encaminhados para providências do Ministério Público do Estado de Minas Gerais.
“Por conta de situações de violência ocorridas em jogos anteriores, em julho deste ano, de forma administrativa, o MPPR já havia deliberado pelo afastamento da Império dos jogos por três meses. No entendimento da Promotoria, os novos fatos demonstram que a questão agora deve passar a uma análise do Judiciário, notadamente quanto a um possível afastamento da organizada dos estádios, conforme os dispositivos indicados pela Lei Geral do Esporte, o que pode levar ao afastamento de eventos esportivos por até 5 anos”, destacaram a PMPR e o MPPR na nota divulgada.
Confira abaixo, na íntegra, a nota conjunta divulgada na manhã de hoje pelo MPPR e a PMPR:
A propósito dos incidentes envolvendo as torcidas organizadas dos times Coritiba Foot Ball Club e Cruzeiro Esporte Clube, ocorridos no domingo, 12 de novembro, no Estádio Durival Britto e Silva, em Curitiba, a Polícia Militar do Paraná e o Ministério Público do Paraná, por meio da Promotoria de Justiça de Defesa ao Consumidor da capital, comunicam que:
- De forma administrativa, a PMPR, com apoio do MPPR e seguindo as indicações da Lei Geral do Esporte, determinou que a torcida organizada Império, para evitar atos de violência, está impedida de adentrar os estádios no Paraná com vestimentas que a identifiquem, bem como portando materiais como mastros e baterias. No caso das torcidas organizadas do Cruzeiro, os fatos estão sendo encaminhados para providências do Ministério Público do Estado de Minas Gerais.
- Por medida cautelar, levando em conta os danos estruturais causados pelo fato, a PMPR suspendeu de imediato o laudo de segurança para a utilização do espaço até que suas condições de segurança e utilização sejam reavaliadas. A PMPR ainda deliberou que, de agora em diante, quando houver qualquer situação de violência com danos nos estádios no estado, este laudo de segurança será suspenso.
- Além da questão de danos no estádio, a suspensão foi motivada pela localização de um artefato improvisado (bomba caseira), situação que demandou inclusive a presença do esquadrão antibombas da PMPR no local.
- O MPPR instaurou hoje inquérito civil em relação à torcida organizada Império e ao Coritiba Foot Ball Club para a devida apuração de responsabilidades.
- Por conta de situações de violência ocorridas em jogos anteriores, em julho deste ano, de forma administrativa, o MPPR já havia deliberado pelo afastamento da Império dos jogos por três meses. No entendimento da Promotoria, os novos fatos demonstram que a questão agora deve passar a uma análise do Judiciário, notadamente quanto a um possível afastamento da organizada dos estádios, conforme os dispositivos indicados pela Lei Geral do Esporte, o que pode levar ao afastamento de eventos esportivos por até 5 anos.
- Representantes da Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe), da Polícia Civil, também participam da apuração dos fatos e já estão tratando da identificação de todos os envolvidos dos confrontos para a devida responsabilização individual de cada um.