Divulgação/Coritiba – O time que conquistou a Fita Azul

O Coritiba publicou no seu site oficial uma homenagem aos 50 anos da conquista do título honorífico Fita Azul. Veja o texto do site, na íntegra:

“No dia 6 de julho de 1972 o Coritiba fazia o último jogo da excursão que realizou no exterior, data em que confirmou a conquista da Fita Azul. O Coxa ganhou o título honorífico concedido aos clubes que, antigamente, excursionavam para fazer partidas amistosas no exterior e voltavam invictos ao Brasil.

Foram três países, seis jogos, quatro vitórias, dois empates, dez gols marcados e apenas três sofridos. Célio, Hermes, Pescuma, Cláudio Marques, Nilo, Capitão Hidalgo, Dreyer, Leocádio, Tião Abatiá. Hélio Pires, Zé Roberto formavam o time base comandado pelo técnico Lanzoninho.

A Fita Azul foi instituída em 1951 e, a princípio, era concedida pela CBD (Confederação Brasileira de Desportos), antecessora da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Porém, mais tarde, o conceituado jornal Gazeta Esportiva, de São Paulo, assumiu a organização da honraria em meados da década de 1960, com a exigência que a excursão pelo exterior tivesse no mínimo seis partidas.

No total, o Coxa fez quatro excursões ao exterior, nos anos de 1969, 1970, 1972 e 1983, mas foi a terceira que rendeu ao clube o título da Fita Azul. Todas elas foram comandadas pelo presidente Evangelino Neves.

Como tudo começou

A participação do Coritiba nas excursões para a Europa se deu devido ao bom relacionamento entre o presidente Evangelino Neves e o conceituado cronista esportivo da época, Orlando Duarte.

Eles se conheceram em 1967, quando o jornalista veio a Curitiba para atender ao pedido de um empresário francês que trouxe a Seleção da Hungria para jogar no estado do Paraná.

Neves então firmou contrato com o empresário e a partida entre o Coxa e a Seleção da Hungria aconteceu em dezembro de 1967, com o estádio Belfort Duarte lotado por torcedores que presenciaram a vitória alviverde por 1×0, com gol de Oromar.

Encantado com o time brasileiro, o empresário francês fez uma promessa antes de voltar à França: levar o Coritiba para a Europa. E levou! Depois de garantir seu bicampeonato estadual em 1969, o Coxa voltou todas as suas atenções para a excursão para a Europa.

Somando todas as excursões feitas pelo Coritiba, foram 14 países, 31 jogos, 13 vitórias, 11 empates e sete derrotas. 56 gols marcados e 46 sofridos. O artilheiro foi Kosilek, com 8 gols.

Naquela época, não era muito comum jogar com equipes estrangeiras, por isso era de grande valor a chamada Fita Azul. A letra do Hino “Coritiba, Eterno Campeão”, escrita por Francis Night e muito cantada pela torcida coxa-branca, traz à memória esta conquista.”