
O Coritiba e o Cruzeiro foram punidos preventivamente pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Os dois terão que jogar sem torcida nos próximos 30 dias, portanto até o término do Campeonato Brasileiro 2023.
Nessa quinta-feira (dia 16), o presidente do STJD, José Perdiz, acatou um pedido feito pela procuradoria-geral do Tribunal, relacionado à briga de torcedores no último sábado (dia 11), na Vila Capanema. O Coritiba era o mandante da partida – o Couto Pereira estava sendo preparado para show do Red Hot Chili Peppers.
A punição do STJD proíbe torcida nos jogos do Coritiba como mandante — contra Botafogo e Corinthians. Essas duas partidas serão com portões fechados. E o clube paranaense não terá setor visitante nos jogos fora de casa — contra Fluminense, no Maracanã, e Bragantino, em Bragança Paulista. A mesma decisão foi aplicada ao Cruzeiro.
INTERDIÇÃO
Na decisão, o presidente do STJD não concordou com o pedido para interditar a Vila Capanema e para afastar as organizadas de Coritiba e Cruzeiro.
HISTÓRICO
O STJD tomou medida preventiva semelhante a essa em 2023, nos casos de Vasco e Santos, por confusões em estádios.
JULGAMENTO
Coritiba e Cruzeiro foram denunciados pela Procuradoria do STJD e ainda serão julgados. Não há data definida para o julgamento. Eles correm risco de perda de até 20 mandos de campo cada um. Os times foram denunciados no Artigo 213, incisos I e II do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. Cada um dos incisos prevê perda de um até dez mandos de campo, além de multa de R$ 100 a R$ 100 mil.
Em caso de perda de mando, o Artigo 73 do Regulamento Geral de Competições da CBF em 2023 prevê que o time deverá jogar um estádio que esteja, no mínimo, 100 km distante da cidade-sede do clube.
POLÍCIA E MINISTÉRIO PÚBLICO
O STJD é responsável pelas decisões na esfera esportiva. Além disso, outras punições podem ser aplicadas em demais esferas. Na segunda-feira, a Polícia Militar suspendeu o laudo de segurança de liberação da Vila Capanema. A torcida organizada Império Alviverde, do Coritiba, está impedida de entrar em estádios do Paraná e vai responder a um inquérito aberto pelo Ministério Público do Paraná.