Os jogadores envolvidos na briga do jogo entre Athletico e Coritiba, no dia 5 de fevereiro, na Arena da Baixada, foram julgados novamente nessa quinta-feira (dia 23) à noite no Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR).
Em 1º de março, eles foram julgandos em primeira instância, na 3ª Comissão Disciplinar. Os dois clubes entraram com recursos. A procuradoria do TJD-PR também recorreu, pedindo punições maiores. Com isso, o caso foi avaliado nesta quinta-feira na segunda instância, no Pleno do TJD-PR.
Pelo lado do Athletico, cinco jogadores foram punidos com suspensões no julgamento em primeira instância: Pedrinho (seis jogos), Thiago Heleno (quatro), Pedro Henrique (quatro), Christian (quatro) e Terans (dois). Na segunda instância, as punições aumentaram para: Pedrinho (oito jogos), Thiago Heleno (seis), Pedro Henrique (oito), Christian (oito) e Terans (três)
Os jogadores foram denunciados pela procuradoria do TJD-PR no artigo 254-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que se refere a “praticar agressão física” e prevê suspensão de 4 a 12 jogos.
AS PUNIÇÕES
Para os jogadores do Athletico
Jogador | 1º julgamento | 2º julgamento |
Pedrinho | 6 jogos | 8 jogos |
Thiago Heleno | 4 jogos | 6 jogos |
Pedro Henrique | 4 jogos | 8 jogos |
Christian | 4 jogos | 8 jogos |
Terans | 2 jogos | 3 jogos |
Para os jogadores do Coritiba
Jogador | 1º julgamento | 2º julgamento |
Fabrício Daniel | 6 jogos | 6 jogos |
Alef Manga | 5 jogos | 8 jogos |
Marcio Silva | advertência | 1 jogo |
Victor Luis | absolvido | 1 jogo |
2024
As punições desses julgamentos valem apenas para as competições organizadas pela Federação Paranaense de Futebol. O Coritiba conseguiu um efeito suspensivo (medida que anula provisoriamente a punição, até o julgamento definitivo do caso) e liberou os jogadores para as partidas das quartas de final do Paranaense. Como o time foi eliminado pelo Cascavel nas quartas, os jogadores do Coxa terão que cumprir as partidas restantes no Paranaense 2024.
SUSPENSIVO
O Athletico está na semifinal do Paranaense e só buscou o efeito suspensivo depois das quartas de final. Com isso, os cinco jogadores punidos já cumpriram parte da suspensão. Agora, ainda restam as seguintes suspensões para os jogadores: Pedrinho (cinco jogos), Thiago Heleno (três jogos), Pedro Henrique (cinco), Christian (cinco) e Terans (suspensão já cumprida).
Logo após o julgamento dessa quinta-feira, no Pleno, o Athletico pode entrar com novo recurso, levando o caso para o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo, o clube pode pedir mais um efeito suspensivo. Se conseguir, os jogadores podem jogar com o Maringá, no domingo, pela semifinal, e também nas finais, caso o clube se classifique.
ÁRBITRO
O árbitro José Mendonça da Silva Júnior foi denunciado pela procuradoria do Tribunal por não relatar todas as ocorrências disciplinares ocorridas na confusão. Acabou absolvido pelo TJD-PR nas duas instâncias.
ANTÓNIO OLIVEIRA
O técnico do Coritiba recebeu apenas uma advertência na primeira instância. Nessa quinta-feira, porém, recebeu dois jogos de suspensão. Na súmula do Atletiba, o árbitro do Atletiba afirmou que Oliveira reclamou da arbitragem e declarou: “Isso é tudo culpa de vocês, os erros de vocês causaram tudo isso”.
DIRIGENTES
No primeiro julgamento, o presidente do Athletico, Mario Celso Petraglia, o head esportivo do Coritiba, Lucas Drubscky, o presidente em exercício do Coritiba, Glenn Stenger, e o vice-presidente do Coritiba, Jair José de Souza, foram absolvidos. Eles foram denunciados por invasão do gramado e poderiam ser suspensos (de 15 dias a 180 dias). Na primeira instância, o TJD-PR entendeu que eles entraram no campo para tentar acalmar os ânimos. Nesta quinta-feira, na segunda instância, os quatro dirigentes foram punidos com suspensão de 15 dias.