O empate em 0 a 0 com o FC Cascavel, no sábado (23), em Cascavel, foi recebido pelo Paraná Clube como um “bom negócio”. O jogo foi válido pela segunda fase da Série D. Os times voltam a se enfrentar no próximo sábado (30). Quem vencer avança para a terceira fase e mantém vivo o sonho do acesso à Série C. Para este jogo, o Paraná pede a presença em massa da torcida na Vila Capanema.
“A ideia era ganhar, mas o empate não é ruim. Sábado, na Vila, pedir pelo menos 12 mil pessoas para a galera sentir a pressão que é jogar lá”, disse o goleiro Felipe.
“Em outra vez eu pedi 15 mil torcedores e acho que não é nada de mais pedir novamente”, afirmou o técnico Omar Feitosa, ressaltando a importância do jogo – se o Paraná não conseguir o acesso, ficará sem calendário nacional no próximo ano e jogará apenas a segunda divisão estadual. “Mata-mata é um jogo muito emocional. Na medida que você tem um apoio de fora (do campo), ajuda bastante”, disse.
Sobre a partida, o goleiro ressaltou a dificuldade de se enfrentar o FC Cascavel na casa do adversário. “A gente sabia que não seria ser fácil jogar aqui. Mas a equipe se portou muito bem.”, disse o goleiro Felipe. “Se a gente caprichasse um pouco mais nos contra-ataques, podia ter saído com uma vitória”.
Feitosa, por sua vez, disse que a ideia era ter uma equipe mais reativa. “Por característica desse tipo de jogo na casa adversária, a nossa ideia era um jogo um mais reativo”, afirmou. “A gente sofreu um pouco no início, mas conseguimos equilibrar no primeiro tempo. No segundo tempo, poderíamos ter vencido o jogo”.
Após o empate em 0 a 0 no Olímpico Regional, em Cascavel, os times voltam a se enfrentar no sábado (30), às 16 horas, na Vila Capanema. Quem vencer avança para a terceira fase. Se houver novo empate, por qualquer placar que seja, a vaga será decidida nos pênaltis. O gol fora de casa não vale como critério de desempate.
O jogo
Sem poder contar com o volante Evandro, lesionado, o técnico Omar Feitosa resolveu manter o zagueiro e lateral Lucas Oliveira no time titular. Utilizando como base o esquema 4-2-3-1 (com Oliveira de lateral-direito e adiantando André Krobel para a linha de meias), o time apresentou variações na fase defensiva e ofensiva. Sem a bola, frequentemente o Paraná se fechou com três zagueiros (Lucas Oliveira pela direita, Franklin pelo centro e Dirceu pela esquerda) ou até mesmo com uma linha de cinco (com Krobel fechando a ala direita e Rael pela esquerda), deixando Marcelinho e Rafael Silva no ataque para pressionar a saída de bola adversária. Com a bola, o time avançava no 4-2-3-1 ou até mesmo no 4-2-4 (com Marcelinho como atacante ao lado de Rafael Silva).
O FC Cascavel foi quem teve mais ímpeto na primeira etapa, buscando mais o ataque. O goleiro Felipe teve trabalhar em cinco finalizações e a equipe aurinegra ainda levou perigo ainda em outras duas jogadas. A partir da metade da etapa inicial, contudo, o Paraná conseguiu melhorar a produção ofensiva, explorando principalmente as descidas do lateral Rael para o ataque. Foi assim que a equipe construiu suas duas melhores chances, aos 25 e aos 26 minutos, ambas defendidas por André Luiz.
A etapa final foi de confronto ainda mais aberto e chances mais claras de gol para os dois lados. O FC Cascavel foi superior nos primeiros minutos e levou perigo em duas finalizações de fora da área de Gama e num cabeceio de Rodrigo Alves que obrigou grande defesa do goleiro Felipe. O Paraná, no entanto, teve a chance mais clara da partida até então aos 32 minutos, quando Ueslei Brito fez grande jogada e entregou para seu irmão gêmeo, Everton, se consagrar. O atacante, porém, demorou para finalizar e desperdiçou.
Nos minutos finais da partida, mais emoção. Pelo Cascavel, Rodrigo Alves desperdiçou uma grande chance, com gol aberto, após cruzamento de Léo Itaperuna. Depois, Doka golpeou João Felipe e acabou expulso, aos 43. Aos 46, João Felipe carregou a bola no campo de ataque e serviu para Rafael Silva, que não desperdiçou e finalmente balançou a rede. A arbitragem, porém, sinalizou (corretamente) um impedimento do camisa 9.