Depois do empate em 1 a 1 entre Paraná e Ituano na noite deste sábado (21 de agosto), na Vila Capanema, o técnico paranista Sílvio Criciúma tratou de exaltar a entrega de seus jogadores. Otimista, ele classificou o resultado dentro de casa como não sendo ruim e tratou de focar na partida do próximo final de semana, quando o Tricolor faz o jogo da vida contra o São José-RS, fora de casa – o time paranaense é o 9º colocado do Grupo B da Série C, enquanto os gaúchos, que são a primeira equipe fora da zona de rebaixamento, aparecem em oitavo, três pontos na frente.
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Segundo o treinador, o elenco paranista teve uma semana difícil de recuperar e recomeçar, após a derrota por 2 a 0 diante do Figueirense. Para piorar, no meio do caminho houve um protesto dos atletas (definido como ‘justo’ por Criciúma), que não treinaram na quinta-feira por conta dos atrasos salariais.
“Perdemos um treino para o jogo, já tinha a suspensão de um atleta [o zagueiro Jonathan Costa, que havia tomado o 3º cartão amarelo na última rodada], e a partir daí houve, sim, uma mobilização. Os atletas responderam. Enfrentamos uma equipe tecnicamente melhor do que nós”, destacou o técnico paranista. “Tivemos as oportunidades primeiras, fizemos 30 minutos bons e tomamos o gol. Mas o time não sentiu o gol tomado, isso foi um fator positivo muito importante. Segundo tempo foi mais difícil, tivemos algumas possibilidades na bola parada, criamos situações de contra-atacar e por duas ou três vezes pecamos no último passe, por isso a gente não teve mais situações criadas”, emendou.
O treinador, então, declarou sair feliz de campo pela forma como sua equipe atuou, pela forma como os jogadores conseguiram buscar o empate após sair atrás do placar. “Tivemos de última hora a notícia do falecimento do avô de um atleta nosso e isso, queira ou não, causa um certo sentimento contrário, do emocional. Mas os atletas se propuseram além de todas as circunstâncias e o jogo ficou muito aberto.”
‘Estamos vivos na competição’
Ainda segundo Sílvio Criciúma, o resultado deste sábado não foi ruim, considerando-se o cenário geral (questões como a qualidade do adversário e o fato do São José-RS ter empatado mais cedo contra o Novorizontino).
“Estamos vivos na competição, no que diz respeito a sair da zona de rebaixamento. Nosso adversário direto também empatou pela manhã, vamos para um confronto direto. O que me deixa esperançoso é o fato da nossa equipe ter uma resposta positiva dentro de casa, e depois desse jogo do São José, onde a gente precisa se manter vivo, onde a gente tem a oportunidade de empatar em pontos, a gente vem pra dois jogos dentro de casa. Então tem muita coisa para acontecer no campeonato ainda e minha preocupação é fazer uma semana muito positiva, muito fortalecida, para essa decisão que vamos ter em Porto Alegre”, disse o treinador. “É arrastar rodada a rodada com nosso adversário no alvo e, no momento oportuno, tomara que seja no confronto direto, a gente tomar a frente. Está no alcance. Depende da gente, é difícil, mas depende da gente. E depois desse jogo fazemos duas partidas em casa. Minha esperança é que a gente faça jogos para ficar mais perto da vitória. “
Técnico fica no clube mesmo se parceria no futebol acabar
Com a parceria com a FDA Sports, que terceirizou o departamento de futebol do clube, ameaçada, o treinador foi ainda questionado se ficaria na Vila Capanema caso a empresa deixasse o clube (neste momento, há uma negociação em andamento, na qual a FDA tenta reduzir os valores a serem repassados mensalmente para o Paraná, mas o prosseguimento da parceria ainda é incerto).
“Essa semana teremos uma definição [sobre a parceria]”, comentou Criciúma. “Sim, sim [fico no clube se a parceria acabar]. Eu disse na minha primeira entrevista: eu fui contratado pelo Paraná Clube. E vou te falar, eu me transformo em momentos contrários, eu me fortaleço. Tenho acordado todos os dias animado, apesar das situações contrárias que vivemos, e respondo por um grupo que está muito determinado, querendo deixar o Paraná na Série C.”