O craque Zico, o eterno camisa 10 do Flamengo, completa 70 anos nesta sexta-feira (3). Para relembrar a carreira, o Bem Paraná listou 70 fatos sobre ele.
- Nasceu em 3/3/1953, em Quintino, zona norte do Rio de Janeiro
- Seu nome é Arthur Antunes Coimbra
- Era o mais novo de cinco irmãos, filhos de Matilde Ferreira da Costa Silva e José Antunes Coimbra
- Era flamenguista desde criança
- Pequeno e franzino, era chamado de Arthurzinho ou de Arthurzico. Uma prima, Ermelinda, reduziu para Zico. O apelido pegou
- Um de seus irmãos, Edu, também virou futebolista, a ponto de ser considerado ao melhor jogador da história do América-RJ
- Antunes e Nando, os irmãos mais velhos de Zico, não tiveram tanto destaque como jogadores. A outra irmã era Maria José
- Teve que fazer uma intensa preparação física, desde 1967, com um regime alimentar diferenciado, para ganhar passa muscular e virar jogador
- Fez a categoria de base no Flamengo
- Quando criança, achava que o maior rival do Flamengo era o Botafogo
- Como era magro e era de Quintino, ganhou o apelido de “Galinho de Quintino”
- Media 1,72m
- Estreou no time principal do Flamengo em 1971, contra o Vasco da Gama. Deu o passe para Fio Maravilha marcar o gol da vitória por 2 a 1
- Casou-se com Sandra, que foi sua primeira namorada
- Teve três filhos: Bruno de Sá Coimbra, Arthur Antunes Coimbra Júnior e Thiago Coimbra
- Um dos seus filhos, Thiago, jogou no Coritiba em 2005
- Em 1972, ficou de fora de última hora de um clássico contra o Botafogo. Foi preterido pelo então técnico Zagallo. O Flamengo perdeu por 6 a 0
- Apesar disso, naquele ano o Flamengo foi campeão carioca. Foi o primeiro título de Zico pela equipe
- Firmou-se como titular do Flamengo em 1974, graças ao futebol empolgante, com dribles, lançamentos, arrancadas fulminantes, finalizações e faro de gol
- Outra característica sua era a precisão nas cobranças de falta
- Disputou a Copa de 1978, com 6 jogos e 1 gol
- Em 1978, foi protagonista de um lance bizarro: quando o jogo contra a Suécia estava 1 a 1, Zico marcou um gol, após escanteio cobrado por Nelinho. O árbitro, o galês Clive Thomas, anulou, alegando que havia encerrado o jogo quando a bola ainda estava no ar
- Foi protagonista do primeiro título nacional do Flamengo, o Brasileirão de 1980, conquistado em cima do Atlético-MG
- Sua sobremesa preferida era morango. Dizia-se que, quando tinha morango no almoço, tinha gol do Zico
- Foi sondado pelo Milan, da Itália, em 1980, mas preferiu ficar no Flamengo
- Em 1981, nove anos depois da goleada sofrida pelo Flamengo contra o Botafogo, liderou o time rubro-negro e deu o troco: o Flamengo venceu por 6 a 0, com dois gols de Zico
- Em 1981, levou o Flamengo à conquista da Copa Libertadores. Fez 11 gols em 13 jogos
- Nas finais da libertadores em 1981, contra o Cobreloa (Chile), fez 2 gols no primeiro jogo, em que o Flamengo venceu por 2 a 1. O Cobreloa ganhou o segundo jogo por 1 a 0. Na partida-desempate, em Montevidéu, fez os dois gols na vitória por 2 a 0
- Na final do Mundial de 1981, contra o Liverpool, deu duas assistências na vitória de 3 a 0
- Foi eleito o melhor jogador do Mundial de 1981. Como prêmio, ganhou um Toyota Celica, que guarda na garagem até hoje
- Foi protagonista na conquista do bicampeonato brasileiro pelo Flamengo, em 1982, conquistado em cima do Grêmio
- Foi o artilheiro do Brasileirão duas vezes, em 1980 (21 gols) e em 1982 (21 gols)
- Disputou a Copa de 1982, com 5 jogos e 4 gols
- Marcou um gol de falta contra a Escócia, na vitória por 4 a 1. O gol é considerado um dos mais bonitos de falta na história das Copas
- Fez um gol de meia-bicicleta contra a Nova Zelândia. O Brasil venceu por 4 a 0
- Na derrota de 3 a 2 ara a Itália, deu um passe genial para o primeiro gol brasileiro, marcado por Sócrates
- Ainda contra a Itália, sofreu um pênalti no qual o zagueiro Gentile rasgou-lhe a camisa. Mas o árbitro deu impedimento. As câmeras mostram que era jogada legal e que o pênalti existiu
- Entrou na seleção ideal da Copa de 1982
- Foi protagonista no terceiro título brasileiro, em 1983, conquistado em cima do Santos. Zico fez gol no segundo jogo da final, que terminou 3 a 0
- Em 1983, foi para a Udinese, da Itália
- Na época, a Udinese pagou US$ 4 milhões, ou 2 bilhões de cruzeiros – valor que, no imaginário popular, era suficiente para pagar a dívida externa brasileira
- Pela Udinese, disputou 50 jogos e fez 33 gols
- Voltou ao Flamengo em 1985
- Estourou o joelho esquerdo ao levar uma entrada violenta do lateral Márcio Nunes, do Bangu, em 30 de agosto de 1985
- Precisou passar por várias cirurgias no joelho por causa dessa lesão, que o incomodou até 1987
- Foi campeão carioca em 1986, seu último título pelo Flamengo
- Disputou a Copa de 1986, com 3 jogos
- Chegou a pedir dispensa da seleção antes da Copa, por causa dos problemas no joelho, mas o técnico Telê Santana o manteve na equipe
- Nas quartas de final, ficou marcado por ter perdido um pênalti outra a França. A partida terminou 1 a 1
- Na disputa de pênaltis, Zico converteu o dele. Mas Sócrates e Júlio César erraram. A França venceu por 4 a 3 e avançou às semifinais
- Foi protagonista do título do Flamengo na Copa União em 1987, conquistado em cima do Internacional
- No Brasileirão de 1988, fez um gol no empate em 2 a 2 com o Coritiba, no Couto Pereira. O jogo foi para os pênaltis, devido ao regulamento da época, e Zico perdeu sua cobrança, defendida pelo goleiro Rafael
- Disputou seu último jogo pela seleção brasileira em 1989, o amistoso Brasil 1 x 2 Resto do Mundo. Dunga fez o gol da seleção brasileira
- Pela seleção brasileira, somou 88 jogos e 66 gols
- Encerrou a carreira pela primeira vez em 2 de dezembro de 1989, com um gol de falta na vitória de 5 a 0 sobre o Fluminense
- Ao todo, somou 732 jogos e 509 gols pelo Flamengo
- É o maior artilheiro da história do Estádio do Maracanã, com 334 gols em 435 partidas
- Marcou 135 gols em Campeonatos Brasileiros
- Segundo Edu Coimbra, Zico aceitaria ser convocado para a Copa de 1990
- Em 1991, desistiu da aposentadoria e assinou contrato com o Kashima Antlers, do Japão
- Sua ida para a terra do Sol Nascente impulsionou o futebol japonês
- Encerrou a carreira de jogador definitivamente em 1994, após 75 jogos e 56 gols pelo Kashima
- Foi coordenador da seleção brasileira na Copa de 1998
- Foi treinador da seleção japonesa na Copa de 2006, inclusive teve que enfrentar o Brasil na fase de grupos. Os brasileiros venceram por 4 a 1
- Foi treinador do Fenerbahçe, da Turquia, de 2006 a 2008. Na época, comandou o meia Alex, revelado pelo Coritiba e que era ídolo na Turquia
- No Fenerbahçe, muitos jogadores duvidavam que Zico tinha sido um grande jogador. Conta Alex: “O Zico falou pro (goleiro) Volkan: ‘dá cinco (chutes) de treinamentos e que a partir do quinto ele ia ter problema’. Ai, quando estava valendo, o Zico falava baixinho pra gente ‘O goleiro vai mexer assim e vou meter no canto que ele tá’. E… pá no canto dele. E foi assim umas duas, três seguidas. A gente falava pro Volkan ir descansar que domingo ia ter jogo”.
- Criou o “Centro de Futebol Zico“, ou CFZ, para revelar jogadores
- Além do Fenerbahçe e da seleção japonesa, foi treinador do Kashima Antlers (1999), CFZ-RJ (2001), Bunyodkor (Uzbequistão, 2008–2009), CSKA Moscou (Rússia, 2009), Olympiacos (Grécia, 2009–2010), seleção do Iraque (2011–2012), Al-Gharafa (Arábia, 2013–2014) e FC Goa (Índia, 2014–2016)
- Teve sua vida retratada em livros, DVDs e histórias em quadrinhos, como ‘Zico: 50 anos de futebol’, da editora curitibana Ultimato do Bacon
- Mantém escolas de futebol com seu nome em algumas cidades do Brasil, como Blumenau (SC)