Zico (foto: Alexandre Vidal / Flamengo)

O craque Zico, o eterno camisa 10 do Flamengo, completa 70 anos nesta sexta-feira (3). Para relembrar a carreira, o Bem Paraná listou 70 fatos sobre ele.

  1. Nasceu em 3/3/1953, em Quintino, zona norte do Rio de Janeiro
  2. Seu nome é Arthur Antunes Coimbra
  3. Era o mais novo de cinco irmãos, filhos de Matilde Ferreira da Costa Silva e José Antunes Coimbra
  4. Era flamenguista desde criança
  5. Pequeno e franzino, era chamado de Arthurzinho ou de Arthurzico. Uma prima, Ermelinda, reduziu para Zico. O apelido pegou
  6. Um de seus irmãos, Edu, também virou futebolista, a ponto de ser considerado ao melhor jogador da história do América-RJ
  7. Antunes e Nando, os irmãos mais velhos de Zico, não tiveram tanto destaque como jogadores. A outra irmã era Maria José
  8. Teve que fazer uma intensa preparação física, desde 1967, com um regime alimentar diferenciado, para ganhar passa muscular e virar jogador
  9. Fez a categoria de base no Flamengo
  10. Quando criança, achava que o maior rival do Flamengo era o Botafogo
  11. Como era magro e era de Quintino, ganhou o apelido de “Galinho de Quintino”
  12. Media 1,72m
  13. Estreou no time principal do Flamengo em 1971, contra o Vasco da Gama. Deu o passe para Fio Maravilha marcar o gol da vitória por 2 a 1
  14. Casou-se com Sandra, que foi sua primeira namorada
  15. Teve três filhos: Bruno de Sá Coimbra, Arthur Antunes Coimbra Júnior e Thiago Coimbra
  16. Um dos seus filhos, Thiago, jogou no Coritiba em 2005
  17. Em 1972, ficou de fora de última hora de um clássico contra o Botafogo. Foi preterido pelo então técnico Zagallo. O Flamengo perdeu por 6 a 0
  18. Apesar disso, naquele ano o Flamengo foi campeão carioca. Foi o primeiro título de Zico pela equipe
  19. Firmou-se como titular do Flamengo em 1974, graças ao futebol empolgante, com dribles, lançamentos, arrancadas fulminantes, finalizações e faro de gol
  20. Outra característica sua era a precisão nas cobranças de falta
  21. Disputou a Copa de 1978, com 6 jogos e 1 gol
  22. Em 1978, foi protagonista de um lance bizarro: quando o jogo contra a Suécia estava 1 a 1, Zico marcou um gol, após escanteio cobrado por Nelinho. O árbitro, o galês Clive Thomas, anulou, alegando que havia encerrado o jogo quando a bola ainda estava no ar
  23. Foi protagonista do primeiro título nacional do Flamengo, o Brasileirão de 1980, conquistado em cima do Atlético-MG
  24. Sua sobremesa preferida era morango. Dizia-se que, quando tinha morango no almoço, tinha gol do Zico
  25. Foi sondado pelo Milan, da Itália, em 1980, mas preferiu ficar no Flamengo
  26. Em 1981, nove anos depois da goleada sofrida pelo Flamengo contra o Botafogo, liderou o time rubro-negro e deu o troco: o Flamengo venceu por 6 a 0, com dois gols de Zico
  27. Em 1981, levou o Flamengo à conquista da Copa Libertadores. Fez 11 gols em 13 jogos
  28. Nas finais da libertadores em 1981, contra o Cobreloa (Chile), fez 2 gols no primeiro jogo, em que o Flamengo venceu por 2 a 1. O Cobreloa ganhou o segundo jogo por 1 a 0. Na partida-desempate, em Montevidéu, fez os dois gols na vitória por 2 a 0
  29. Na final do Mundial de 1981, contra o Liverpool, deu duas assistências na vitória de 3 a 0
  30. Foi eleito o melhor jogador do Mundial de 1981. Como prêmio, ganhou um Toyota Celica, que guarda na garagem até hoje
  31. Foi protagonista na conquista do bicampeonato brasileiro pelo Flamengo, em 1982, conquistado em cima do Grêmio
  32. Foi o artilheiro do Brasileirão duas vezes, em 1980 (21 gols) e em 1982 (21 gols)
  33. Disputou a Copa de 1982, com 5 jogos e 4 gols
  34. Marcou um gol de falta contra a Escócia, na vitória por 4 a 1. O gol é considerado um dos mais bonitos de falta na história das Copas
  35. Fez um gol de meia-bicicleta contra a Nova Zelândia. O Brasil venceu por 4 a 0
  36. Na derrota de 3 a 2 ara a Itália, deu um passe genial para o primeiro gol brasileiro, marcado por Sócrates
  37. Ainda contra a Itália, sofreu um pênalti no qual o zagueiro Gentile rasgou-lhe a camisa. Mas o árbitro deu impedimento. As câmeras mostram que era jogada legal e que o pênalti existiu
  38. Entrou na seleção ideal da Copa de 1982
  39. Foi protagonista no terceiro título brasileiro, em 1983, conquistado em cima do Santos. Zico fez gol no segundo jogo da final, que terminou 3 a 0
  40. Em 1983, foi para a Udinese, da Itália
  41. Na época, a Udinese pagou US$ 4 milhões, ou 2 bilhões de cruzeiros – valor que, no imaginário popular, era suficiente para pagar a dívida externa brasileira
  42. Pela Udinese, disputou 50 jogos e fez 33 gols
  43. Voltou ao Flamengo em 1985
  44. Estourou o joelho esquerdo ao levar uma entrada violenta do lateral Márcio Nunes, do Bangu, em 30 de agosto de 1985
  45. Precisou passar por várias cirurgias no joelho por causa dessa lesão, que o incomodou até 1987
  46. Foi campeão carioca em 1986, seu último título pelo Flamengo
  47. Disputou a Copa de 1986, com 3 jogos
  48. Chegou a pedir dispensa da seleção antes da Copa, por causa dos problemas no joelho, mas o técnico Telê Santana o manteve na equipe
  49. Nas quartas de final, ficou marcado por ter perdido um pênalti outra a França. A partida terminou 1 a 1
  50. Na disputa de pênaltis, Zico converteu o dele. Mas Sócrates e Júlio César erraram. A França venceu por 4 a 3 e avançou às semifinais
  51. Foi protagonista do título do Flamengo na Copa União em 1987, conquistado em cima do Internacional
  52. No Brasileirão de 1988, fez um gol no empate em 2 a 2 com o Coritiba, no Couto Pereira. O jogo foi para os pênaltis, devido ao regulamento da época, e Zico perdeu sua cobrança, defendida pelo goleiro Rafael
  53. Disputou seu último jogo pela seleção brasileira em 1989, o amistoso Brasil 1 x 2 Resto do Mundo. Dunga fez o gol da seleção brasileira
  54. Pela seleção brasileira, somou 88 jogos e 66 gols
  55. Encerrou a carreira pela primeira vez em 2 de dezembro de 1989, com um gol de falta na vitória de 5 a 0 sobre o Fluminense
  56. Ao todo, somou 732 jogos e 509 gols pelo Flamengo
  57. É o maior artilheiro da história do Estádio do Maracanã, com 334 gols em 435 partidas
  58. Marcou 135 gols em Campeonatos Brasileiros
  59. Segundo Edu Coimbra, Zico aceitaria ser convocado para a Copa de 1990
  60. Em 1991, desistiu da aposentadoria e assinou contrato com o Kashima Antlers, do Japão
  61. Sua ida para a terra do Sol Nascente impulsionou o futebol japonês
  62. Encerrou a carreira de jogador definitivamente em 1994, após 75 jogos e 56 gols pelo Kashima
  63. Foi coordenador da seleção brasileira na Copa de 1998
  64. Foi treinador da seleção japonesa na Copa de 2006, inclusive teve que enfrentar o Brasil na fase de grupos. Os brasileiros venceram por 4 a 1
  65. Foi treinador do Fenerbahçe, da Turquia, de 2006 a 2008. Na época, comandou o meia Alex, revelado pelo Coritiba e que era ídolo na Turquia
  66. No Fenerbahçe, muitos jogadores duvidavam que Zico tinha sido um grande jogador. Conta Alex: “O Zico falou pro (goleiro) Volkan: ‘dá cinco (chutes) de treinamentos e que a partir do quinto ele ia ter problema’. Ai, quando estava valendo, o Zico falava baixinho pra gente ‘O goleiro vai mexer assim e vou meter no canto que ele tá’. E… pá no canto dele. E foi assim umas duas, três seguidas. A gente falava pro Volkan ir descansar que domingo ia ter jogo”.
  67. Criou o “Centro de Futebol Zico“, ou CFZ, para revelar jogadores
  68. Além do Fenerbahçe e da seleção japonesa, foi treinador do Kashima Antlers (1999), CFZ-RJ (2001), Bunyodkor (Uzbequistão, 2008–2009), CSKA Moscou (Rússia, 2009), Olympiacos (Grécia, 2009–2010), seleção do Iraque (2011–2012), Al-Gharafa (Arábia, 2013–2014) e FC Goa (Índia, 2014–2016)
  69. Teve sua vida retratada em livros, DVDs e histórias em quadrinhos, como ‘Zico: 50 anos de futebol’, da editora curitibana Ultimato do Bacon
  70. Mantém escolas de futebol com seu nome em algumas cidades do Brasil, como Blumenau (SC)