INDUMENTÁRIA

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Garçom, uma imagem! Sem photoshop, por favor
Esses dias uma amiga me disse que aprenderia a deixar as pessoas bonitas. Não é exatamente com mágica, embora possa parecer, mas sim usando um software de manipulação de imagens, popularmente conhecido como: Photoshop. Eu odiaria que fizessem algo assim com uma foto minha. Quando eu disse isso ela não entendeu, talvez você também não, então, vamos conversar. Desde sempre somos ensinados a apreciar o belo. Não apenas isso, como também idolatrar, ovacionar e, principalmente, buscar. Não é a toa que existem tantos concursos de beleza, a busca pelo belo se tornou uma espécie de entretenimento, dos mais cruéis. Capitalistas que somos, também encontramos uma forma de vender o belo. Desde os produtos de beleza, que fazem sua calvície regredir e suas rugas sumirem, até as dietas milagrosas que prometem a perda de 10kg em uma semana. O resultado do uso desses artifícios, é que ficamos cada vez mais insatisfeitos. Com nós mesmos. Fotografias são representações da realidade, certo? Ao tirar uma foto de alguém, você registra como é esta pessoa, seu sorriso, seu olhar, até mesmo os sentimentos daquela ocasião, tudo fica eternizado. Alterar a luz, a cor, tirar umas machinhas e espinhas de uma foto, são pequenas alterações compreensíveis. Nenhum desses fatores é permanente, logo, não fazem parte de quem aquela pessoa é. Mudar aquela fotografia esticando, aumentando, diminuindo, deixando tudo proporcional, calculado e matemático é desconstruir uma pessoa, que dá lugar a um objeto do imaginário. Algo que não existe. O vídeo do qual pertence essa imagem ilustrativa, mostra como em segundos uma mulher comum se transforma no ideal que estampa revistas de moda e beleza por todo mundo, todos nós já vimos vídeos assim, mas já pensamos mesmo sobre isso? A iniciativa foi da modelo Sally Gifford Piper e seu marido Tim, quem dirigiu o vídeo, coordenadores do projeto Global Democracy (democracia global, em livre e bom português) a intenção era atentar a manipulação excessiva das imagens a quais somos expostos diariamente, as quais nos comparamos. Particularmente, levei algum tempo para entender que eu jamais alcançaria essa tal perfeição, não por falta de vontade, mas porque ela não existe. É meu pouco peso e olhos grandes que me fazem quem eu sou. E esta sinceridade que quero registrada, eternizada em uma fotografia. A verdade é que a manipulação foi feita nos nossos olhos, desde o primeiro momento que os abrimos. Toda a nossa ideia de beleza foi sendo formatada. Tiraram as manchas, as dobras, as rugas, os colotes, as expressões e por último a realidade. O que entendemos por beleza na maioria das vezes não é real. Então, quem estiver lendo: me dê uma imagem, sem photoshop e com uma boa dose de realidade, por favor.

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Capacete invisível

Duas estudantes suecas de design, Anna Haupt e Terese Alstin, foram contra o ceticismo de seus professores e desenvolveram o capacete invisível para ciclistas, chamado de Hövding. Foram sete anos de pesquisa para criar o acessório que é semelhante a uma gola e segue o princípio do airbag. Depois do impacto, o dispositivo é acionado em um segundo, evitando contusões.

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Sexy, sem ser vulgar

Depois de publicar uma fotografia em seu facebook em que uma modelo, sexy e magra – e com photoshop, como a grande maioria – posava sensualmente sobre uma moto Ducati vermelha, Arun Sharma, gerente geral da concessionária Moto Corsa de Portland, recebeu diversas críticas. Com isso, Sharma resolveu fazer algo diferente. Contratou o mesmo fotógrafo e convidou seus funcionários para refazerem as fotos com as mesmas poses e roupas que a modelo.  Uma crítica divertida a objetificação das mulheres em propagandas.

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Hoje, 15 de novembro às 15h, estreia a peça Buraco, dirigida por Elisabete Finger. Buscando uma nova forma de interação, a peça foca nas experiências sensoriais, apesar de direcionada para o público infantil pode ser uma descoberta artística para qualquer idade. O espetáculo também acontecerá nos dias 16 e 17 de novembro às 19h, com entrada gratuita, no Espaço Cênico ( R. Paulo Graeser Sobrinho, 305, São Francisco).

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por Hellen Albuquerque | [email protected]