ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER
PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) – Pedindo buzinaço para carros que passavam (e sendo prontamente atendidos), cerca de 30 ativistas pró-intervenção militar comemoram o 3 a 0 contra Lula no TRF-4, entre faixas que saudavam o juiz Sergio Moro (“Moro, rogai por nós”) e o condenado “Luiz Inácio Réu da Silva”, no Parque dos Moinhos, numa chuvosa Porto Alegre.
Um dos militantes de extrema-direita chegou a forçar a tela de seu celular no rosto da repórter para mostrar um vídeo do que seria um jovem amordaçado prestes a ser assassinato por forças do venezuelano Nicolás Maduro.
“Você é comunista, eu sei que você é comunista, me informaram. Eu sou muito agressivo com comunistas”, disse e pegou o megafone para repetir aos berros a acusação.
Para a chefe de cozinha Cristina Fernandes, 58, nem o capitão da reserva Jair Bolsonaro se salva.
Se ele é parlamentar, logo “também tira seu quinhão”, diz. O fato de ser pré-candidato à Presidência também incomoda, ainda mais num pleito que julga inevitável ser “fraudado com urnas de uma empresa venezuelana”.
“Pra mim já não é candidato ideal, só se tivesse a hombridade de abrir mão do mandato e pedir intervenção.”