Uma audiência pública na Câmara de Curitiba, às 14 horas de hoje, vai discutir a Lei da Bicicleta. Esta é uma das ações durante o Mês da Bicicleta, promovida por diversos grupos de cicloativistas. Desde o começo do mês, diariamente, os grupos organizam algum tipo de evento seja político, educativo ou cultural no 7º Festival Arte Bicicleta Mobilidade de Curitiba. Um dos pontos altos deste mês acontece no dia 22, quando eles pretendem reunir milhares de ciclistas para a marcha das 2.013 bicicletas.
Na prática, o mês da bicicleta — uma data nacional promulgada em dezembro do ano passado —  começou ainda no dia 30 de agosto, quando foi realizado o Desafio Intermodal em Curitiba. Ontem, aconteceu uma ação educativa do movimento cicloIguaçu e o Rotary Clube Guabirotuba em Pinhais. Os ciclistas ficaram em um cruzamento movimentado da cidade repassando informações de segurança.
O assunto está em evolução. Vemos que está em pauta em vários locais. Na Câmara Municipal, na Assembleia Legislativa, instituições e secretarias do município e do Estado. E as ações que programamos só ajuda neste debate sobre a bicicleta e a mobilidade na Capital, diz José Carlos Belotto, coordenador do projeto Ciclovida da Universidade Federal do Paraná (UFPR), também parte do Festival Arte bici Mob.

Outra data importante é a audiência pública sobre Planos Diretores Cicloviários nos Municípios do Paraná, que vai acontecer no dia 27 de setembro, às 14 horas, no Plenário da Assembleia Legislativa. Nós estamos no Mês da Bicicleta e nada mais apropriado do que discutir as formas como os municípios vão incluir os Planos Cicloviários nos seus Planos de Mobilidade Urbana, que deverão estar prontos até 2015, explicou o deputado Rasca Rodrigues, ao justificar a realização do evento.
 Temos que mudar os nossos conceitos. A opção pelo automóvel, o privilégio ao transporte individual, levou à paralisia do trânsito, com desperdício de tempo e combustível, além dos problemas ambientais de poluição atmosférica e de ocupação do espaço público, continua Rasca.
As coisas estão mudando, diz Belotto. Ele até lembra o começo dos anos 2000, quando começou a ir para o trabalho de bicicleta e era chamado de louco. Hoje vemos a mudança no perfil do usuário de bicicleta. Agora está em todas as faixas etárias e níveis sociais. Está se tornando um estilo de vida, diz.