O deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB) acredita que a aproximação com o PMDB pode ser discutida junto com as lideranças peemedebistas já no mês de agosto. Isso porque, segundo ele, o PMDB está sem uma candidatura forte ao governo estadual, “com todo respeito ao vice-governador Orlando Pessuti (PMDB)”. “Recebi o apoio de Requião para a eleição em Londrina nos três turnos. Isso  demonstra certa identidade do governador com o PSDB do interior, ainda que mantenha distância na Capital”, diz Hauly.
Já o deputado federal Affonso Camargo (PSDB) afirma que o partido precisa se convencer de que as decisões partidárias devem ser debatidas com visão pragmática e ideológica, mas, sem esquecer de que os partidos são compostos por pessoas. “Temos que parar de discutir em torno de nomes. Se somos contra esse ou aquele, mas passar a debater o que queremos para o Paraná. A partir disso, construiremos um palanque forte”, diz Camargo. O tucano acredita que a aproximação de seu partido com o  Requião tem que ser discutido de forma simples. “Temos que escolher entre o ofensor e o ofendido”, disse ele, se referindo ao ataques que o governador tem feito ao prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB),  na Rádio e Televisão Educativa (RTVE). Segundo Camargo, não há como deixar esse assunto fora da pauta no momento de se definir entre ficar na oposição ou fazer um pacto visando a eleição de 2010.
Os ataques referidos pelo tucano são por causa do episódio em que o prefeito curitibano foi acusado de “comprar” o apoio do PRTB na sua reeleição em 2008. O assunto tomou dimensões nacionais ao ser divulgado um vídeo em que Alexandre Gardolinski, pivô do caso, repassava dinheiro para outros integrantes do seu PRTB. “Uma aliança se torna desconfortável na medida que o governador e seus aliados atiram em direção de Beto Richa. O prefeito não se envolvia com essas coisas minúsculas da eleição”, disse.
Camargo critica a postura do peemedebista e diz que a aliança tem que partir de Requião. “O ex-governador José Richa, pai do prefeito de Curitiba, percorreu o Paraná inteiro, andando a pé, de carro e de avião, defendendo o nome de Requião para governador em 1992. Aquilo foi decisivo. Se o governador olhar por esse ângulo, seria uma questão de gratidão com Beto Richa, agora em 2010”.