O acompanhamento dos dados de internação, em Curitiba, comprova a efetividade da vacina. A taxa de internação no SUS em Curitiba por pneumonia e gripe, na população acima de 60 anos, caiu de 10 internamentos por mil habitantes, em 1998 — antes do início das campanhas de vacinação —, para sete internamentos por mil habitantes no período 2006/2007.
A vacina protege contra os vírus específicos contidos no produto. Não previne a doença em 100% dos indivíduos vacinados, ou seja, alguns vacinados poderão contrair a gripe. No entanto, mesmo nas pessoas que tiverem gripe, há uma redução no risco de complicações sérias resultantes da doença, como as pneumonias, e principalmente de óbitos.
A vacinação anual é recomendada por causa do tipo de vírus em circulação. “Isso é importante porque o vírus da influenza, causador da gripe, tem uma capacidade muito grande de mutação”, afirma a diretora do Centro de Epidemiologia da Secretaria da Saúde, Karin Luhm. A cada ano, explica Karin, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a composição da vacina — uma para o Hemisfério Norte e outra para o Hemisfério Sul —, conforme os tipos de vírus que estão circulando. A vacina é indicada antes do inverno, ou seja, nos meses de abril e maio.
