Obra representa os efeitos ambientais na Marina da Glória (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

A Organização das Nações Unidas (ONU) criou 17 “Objetivos de Desenvolvimento Sustentável” (ODS) como um apelo global para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima, e garantir paz e prosperidade para todas as pessoas. Essas metas abordam os principais desafios de desenvolvimento enfrentados no Brasil e no mundo.

Entre esses objetivos está o “ODS 9”, que busca construir infraestrutura resiliente, promover a industrialização inclusiva e sustentável, e fomentar a inovação. Contudo, não é tarefa fácil promover a industrialização inclusiva e sustentável, principalmente se quisermos fomentar a inovação e o empreendedorismo. Mas existem ações que podem ser realizadas por pequenas e médias empresas, que aumentarão significativamente o desenvolvimento econômico.

A implementação desse objetivo pode começar pela aproximação das faculdades e universidades com as empresas, criando um elo de criatividade e inovação com potencial para desenvolver tecnologias disruptivas e gerar vários empregos. Esse tipo de alinhamento é buscado por países como o Canadá, visando atrair novos talentos e suas startups. Se usarmos como referência as ações e resultados obtidos nesses países e os colocarmos em prática nos nossos hubs brasileiros, certamente estaremos preparados para promover uma industrialização inclusiva e sustentável.

Essas metas trazem diversos benefícios quando são executadas, e entre eles está a ampliação do capital intelectual, um incentivo que inova no Brasil. Outro benefício é a fixação desses talentos em empresas nacionais. Além disso, tornar-se referência no desenvolvimento de inovação tecnológica é uma área estratégica para qualquer país que queira ampliar seu portfólio de desenvolvimento.

O fator resiliência é fundamental para a continuidade de qualquer modelo de negócio e de projetos em criação, por isso é importante o apoio de institutos, organizações, universidades, faculdades e empresas, unidas em prol do apoio e suporte a esses novos negócios e projetos. Promover o acolhimento de empresas e startups em fase inicial ou não, oportunizando espaço para trabalhar e realizar os primeiros negócios, é um exemplo de como a meta pode ser colocada em prática.

A longo prazo e bem estruturadas, essas ações promovem o desenvolvimento científico, tecnológico e empreendedor em todos os níveis socioeconômicos, auxiliando não só no desenvolvimento econômico, mas também no bem-estar humano, conforme a meta da ONU.

*André Felipe da Silva Guedes é Docente dos Cursos de Engenharia da Estácio